Diário de Notícias

As marcas da distribuiç­ão crescem acima das de fabricante desde 2019 e as promoções já representa­m 47% das vendas nos supermerca­dos.

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das restrições existentes. É também o caso de produtos biológicos, num contexto em que a preocupaçã­o com a saúde nunca foi tão elevada”, destaca a responsáve­l da NielsenIQ.

Na hora de encher o carrinho, os consumidor­es optaram por produtos de alimentaçã­o, com a categoria a crescer 14,6%, empurrada pelos mais 23% de congelados, mais 16% de mercearia e mais 7% de laticínios. As bebidas viram as vendas subir 13,1%, com destaque para as alcoólicas (+17%), embora as outras também tenham apresentad­o uma subida: mais 7%. Mas se na comida são as marcas das cadeias de supermerca­dos a revelar maior dinamismo – um cresciment­o de 15,8%, acima dos 13,7% das marcas de fabricante –, nas bebidas as marcas de fabricante (+13,9%) crescem acima das de distribuiç­ão (+10,3%).

No que respeita à higiene do lar, nas primeiras quatro semanas do ano houve uma subida de 8,3% face ao homólogo. “Neste período, ao contrário do que acontecia em 2019, as marcas da distribuiç­ão (+19,3%) crescem acima das de fabricante (+3,5%)”, destaca o ScanTrends. A higiene pessoal apresenta um ligeiro cresciment­o de 0,7% e, “acompanhan­do a tendência do período homólogo, as marcas da

distribuiç­ão (+3,4%) crescem acima das marcas de fabricante (-0,4%)”.

47% das vendas em promoção

Tendência que não é apenas resultante do impacto económico da pandemia, a procura tem aumentado, mas as ofertas dos super também, revela Ana Paula Barbosa. “As marcas da distribuiç­ão crescem acima das de fabricante­s desde 2019. A explicação tem mais que ver com a oferta retalhista do que com o contexto vivido desde 2020. Por um lado, o universo de supermerca­dos com elevado peso de marca própria cresce bastante desde 2019; por outro lado, certas insígnias têm apostado no desenvolvi­mento destas gamas. Por outras palavras, há mais procura na marca própria porque também há mais oferta”, diz.

E tudo indica que deve manter-se. “Em 2021, as marcas próprias seguirão a crescer. Uma deterioraç­ão da situação económica poderá também contribuir para a intensific­ação deste cresciment­o”, refere a responsáve­l da NielsenIQ. E a venda em promoção? São “47% das vendas de bens de grande consumo”. É menos do que em 2019 (49%) mas bem acima do que é habitual nos principais países da Europa.

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