Aida Maria Carvalho é a nova presidente da Fundação Côa Parque
A docente do Instituto Politécnico de Bragança foi guia-intérprete no Vale do Coa entre 1996 e 2001.
Aprofessora Aida Maria Oliveira Carvalho, do Instituto Politécnico de Bragança, foi nomeada presidente do conselho diretivo da Fundação Côa Parque, em Vila Nova de Foz Coa, no distrito da Guarda, anunciou ontem o Ministério da Cultura.
“A nova presidente da Fundação Côa Parque tem 47 anos, é doutorada em Ciência da Cultura, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e mestre em História das Populações, pela Universidade do Minho. Detém ainda uma pós-graduação em Turismo e Património Religioso, pela Universidade Católica de Lisboa, e uma pós-graduação em Gestão Cultural, pelo Instituto Politécnico do Porto. Licenciou-se em Estudos Europeus, pela Universidade Lusófona do Porto”, informa o comunicado do ministério de Graça Fonseca.
Esta nomeação surge na sequência da morte, após doença súbita, do anterior presidente da fundação, Bruno Navarro, a 30 de janeiro, que esteve à frente da instituição nos últimos três anos. A Fundação Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda eValorização doVale do Côa é a entidade responsável pela gestão do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Aida Maria Oliveira Carvalho, ao longo dos anos – prossegue a informação do ministério –, publicou vários artigos em revistas científicas especializadas na área do património e do turismo cultural.
Entre 1996 e 2001, Aida Maria Oliveira Carvalho foi guia-intérprete no Vale do Coa.
“Tem sido, ao longo dos anos, testemunha privilegiada da história e cultura desta região, à qual tem dedicado grande parte da sua vida profissional. Acredita-se, por isso, que saberá dignificar o trabalho de quem tão brilhantemente a antecedeu, sendo agora incumbida do importante papel de contribuir para a conservação e divulgação deste valioso lugar de história e património, de reconhecida importância mundial”, reconhece o Ministério da Cultura.
O Governo é representado na fundação pelos ministérios da Cultura e da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, em estreita articulação com representantes do Turismo de Portugal, do Ambiente, da Câmara de Vila Nova de Foz Coa e da Associação de Municípios doVale do Coa.
O espaço arqueológico doVale do Coa, tutelado da Fundação Côa Parque, divide-se em dois eixos fluviais principais: 30 quilómetros ao longo do rio Coa, com os sítios da Faia, Penascosa, Quinta da Barca, Ribeira de Piscos, Canada do Inferno, e 15 quilómetros pelas margens do rio Douro, nas áreas de Fonte Frireira, Broeira, Foz do Coa, Vermelhosa, Vale de José Esteves eVale de Cabrões.
Como uma imensa galeria ao ar livre, o Vale do Coa apresenta mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 25 000 anos.
A arte rupestre do Coa, inscrita na Lista do Património Mundial da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior em finais do século XX em toda a Europa.