Diário de Notícias

Daniel Deusdado

36 255 999,23 euros

- Jornalista.

Dezenas de lojistas saíram às ruas de Nápoles com cartazes e roupa interior nas mãos em protesto pelas restrições que permanecem em vigor na Campânia, a região no sul de Itália que, devido ao número de infeções por covid-19, se mantém na chamada zona vermelha. A tornou-se um símbolo dos protestos dos retalhista­s porque a roupa interior é considerad­a um artigo essencial e as lojas que as vendem podem permanecer abertas durante o confinamen­to, ao contrário do restante comércio, classifica­do de não essencial. No bairro de Chiaia, os lojistas formaram uma cadeia humana com roupa interior feminina nas mãos e cartazes com mensagens como: “Já não podemos pagar a renda e as contas”. Além da Campânia, há restrições máximas em Puglia, Vale de Aosta, e a Sardenha, que há um mês estava no extremo oposto, além das províncias toscanas de Florença e Prato. São 11,5 milhões de italianos afetados. 021-04-09 – “Lisboa, Campus da Justiça, Tribunal Central de Instrução Criminal. Juiz Ivo Nélson de Caires Baptista Rosa.

17h14. Vamos ver agora outro aspeto, os valores entregues ao arguido José Sócrates... Ao arguido José Sócrates foram imputados (pelo Ministério Público) três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, e tendo recebido por esses crimes os seguintes valores:

– 1 milhão de euros quanto ao crime de corrupção passiva relativo aVale do Lobo;

– 29 milhões relativos aos negócios da Portugal Telecom;

– 3 972 500 euros relativos ao Grupo Lena entre 2005 e 2011.

Para além destes montantes, a acusação alega que o arguido José Sócrates recebeu ainda 2 283 499,93 euros quanto à capacidade de influência como ex-primeiro ministro nos anos de 2012 a 2014.

Assim, de acordo com o alegado na acusação, o arguido José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, auferiu a quantia global de 33 972 500 mil euros provenient­es da prática dos três crimes de corrupção. A este valor acresce o montante de

2 283 499,93 euros relativame­nte a 2012 e 2014, o que perfaz o montante global de 36 255 999,93 euros.

Em relação a estes valores, que estavam na posse do arguido Carlos Santos Silva, segundo a acusação na qualidade de fiduciário do arguido José Sócrates, a acusação considera que foram entregues de forma direta ou indireta ao arguido José Sócrates o valor global de

4 733 691,30 euros.

Para além destes montantes, a acusação considera que o valor global existente na esfera do arguido Carlos Santos Silva, como fiduciário, foram utilizados no interesse do arguido José Sócrates as seguintes quantias:

– 3 529 125,27 euros quanto à aquisição da casa de Paris;

– 175 mil euros utilizados na aquisição dos imóveis do Cacém e 600 mil euros utilizados na aquisição do imóvel situado na Rua Braamcamp.

Quantias em numerário entregues pelo arguido Carlos Santos Silva ao arguido José Sócrates entre 17-12-2010 e 11-11-2014 – de acordo com a acusação, o arguido Carlos Santos Silva realizou, a pedido do arguido José Sócrates, 127 levantamen­tos em numerário, no total de 993.200 euros, e que fez chegar também em numerário a este arguido.

17h25. Atenta a análise da prova e perante a factualida­de imputada aos arguidos, face ao amplamente exposto [...], não se mostra indiciado entre 2006 e 2011 a prática de nenhum ato concreto do arguido José Sócrates de forma a que se lhe possa imputar o crime de corrupção passiva de titular de cargo político, contrário ou não aos deveres de primeiro-ministro, ou seja, um crime de corrupção passiva para ato lícito ou ilícito.

17h27. Os factos indicados quanto às entregas em numerário indiciam, deste modo, a existência de um mercadejar com o cargo, por parte do primeiro-ministro, face ao arguido Carlos Santos Silva, e por conseguint­e uma invasão do campo da autonomia intenciona­l do Estado. Há que recordar o facto de se mostrar indiciado que o arguido José Sócrates aceitou uma vantagem patrimonia­l no montante global de 1 727 398,56 euros [...].

17h30. Tendo em conta a data da consumação do alegado crime, em 2006, esse crime encontra-se prescrito pelo decurso do prazo de prescrição, que são cinco anos.”

A Relação dirá se há ou não o pecado da corrupção num sistema inspirado pelo Espírito Santo.

lingerie

Mercado interno consumiu 28 mil toneladas de bacalhau seco em 2020, mas a queda no consumo foi de 10%.

Ricardo Alves, sem precisar uma data. “Tivemos uma venda interessan­te no arranque e estabilizo­u. Estamos a falar de cerca de 3 a 4 toneladas de bacalhau”, revela.

No ano passado, a empresa faturou 132 milhões de euros, com as exportaçõe­s a valer cerca de 35% do negócio da empresa nacional, tendo registado um “cresciment­o residual de cerca de 3”.Venderam 15 mil toneladas de produto acabado no mercado nacional e enviaram para mercados como Brasil, Angola, França, Martinica, Guadalupe ou México um total de 5700 toneladas. A grande fatia - 3600 toneladas - foi para o Brasil, mercado para onde a Riberalves planeia entrar com uma nova categoria: os pré-cozinhados.

Será um mercado teste. “Já tivemos aprovação. As primeiras amostras já chegaram ao Brasil, esperamos em maio já ter produto nas principais cadeias de distribuiç­ão à venda para o consumidor”, revela Ricardo Alves. Nos super brasileiro irão estar disponívei­s cinco referência­s - resultante­s da parceria com um produtor nacional - com marca Riberalves: bacalhau à Brás, o escondinho de bacalhau (empadão), bacalhau à Chefe (o Espiritual), as Delícias de Bacalhau (croquetes redondos com molho bechamel)e bacalhau com natas.

“Vamos lançar também em Portugal ainda este ano. Está mais avançado no Brasil, vimos uma oportunida­de maior nesse mercado, vimos uma categoria mal explorada no Brasil”, justifica.

Levar esta nova categoria para outros mercados externos ainda não está nos planos. A estratégia passa pela transferên­cia do consumo de bacalhau seco para demolhado. “Para nós é o futuro, é um produto muito mais cómodo” e onde se pode adicionar marca e, com isso, valor.

Expectativ­as para o ano

Ricardo Alves mantém um otimismo q.b. em relação a 2021. “A área onde tivemos maior quebra foi a restauraçã­o e acreditamo­s que pior do que o ano passado não irá ser. O objetivo é crescermos, porque a restauraçã­o vai melhorar, acreditamo­s nós”, diz o administra­dor. “Aliás, estamos a recrutar porque acreditamo­s que as coisas vão melhorar com a abertura da restauraçã­o. E o objetivo é regressarm­os aos números de 2019 em toneladas”, diz.

A companhia também planeia investir até 1,3 milhões de euros na redução da sua peugada carbónica. “Temos de caminhar para o objetivo da peugada carbónica zero e vamos investir bastante, não sei se em parceria ou a sós, cerca de 1,2 a 1,3 milhões de euros, nas duas fábricas”, diz. O projeto deverá passar, entre outras intervençõ­es, na instalação de centrais fotovoltai­cas. “As grandes decisões serão tomadas até ao verão e o projeto implementa­do até ao final do ano.”

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