Guerra Colonial provoca mexidas no governo
Menos de um mês depois de se terem iniciado em Angola os primeiros confrontos entre as forças organizadas pelos movimentos de libertação e as Forças Armadas Portuguesas, o conflito provocava as primeiras mexidas no governo. “Foram nomeados ministros do Exército e do Ultramar o brigadeiro Mário Silva e o Prof. Adriano Moreira e subsecretários do Exército e da Administração Ultramarina o tenente-coronel Jaime da Fonseca e o Dr. Costa Freitas – o novo chefe do Estado Maior das Forças Armadas é o general Gomes de Araújo”, escrevia o DN a 14 de abril de 1961. “Remodelação ministerial. A explicação é Angola. Andar rapidamente e em força é o objetivo que vai pôr à prova a nossa capacidade de decisão, declarou o presidente do Conselho [António de Oliveira Salazar], que passa a exercer também as funções de ministro da Defesa”, podia ler-se. A situação em Angola dominava a primeira página do DN, que citou os recém-empossados ministros. “O problema mais instante das populações de Angola é o da segurança que lhes permita continuar em paz a obra secular de que são continuadoras”, disse Adriano Moreira. “O Exército vai intensificar mais e mais todo o seu esforço com o objetivo de manter a integridade do território e a segurança das suas populações”, declarou Mário Silva.