INFLAÇÃO
Vestuário, hotelaria, transporte aéreo de passageiros e calçado registaram quebras acentuadas nos preços desde que começou a crise sanitária em Portugal, em março de 2020.
Um ano depois da chegada da pandemia a Portugal, houve grandes alterações nos preços de alguns produtos e serviços do cabaz de consumo dos portugueses.
As frutas, os produtos e serviços relacionados com a saúde, os combustíveis e até as bicicletas registaram aumentos de preços em março deste ano, comparando com o mesmo mês do ano passado, segundo os cálculos do DN/Dinheiro Vivo com base nos dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De recordar que os primeiros casos diagnosticados com o vírus SARS-CoV-2 foram reportados no dia 2 de março do ano passado e a primeira morte foi registada no dia 16 desse mês, e três dias depois foi decretado o primeiro estado de emergência, renovado a 3 e a 18 de abril.
A fruta está, em média, 11% mais cara do que em março de 2020. Os combustíveis, que no início da pandemia apresentaram descidas acentuadas, acabaram por recuperar e têm um acréscimo do preço a rondar os 8%.
Por força das circunstâncias – em plena pandemia –, os bens e serviços ligados à saúde também registaram aumentos médios para o consumidor. Nos produtos farmacêuticos (onde se incluem os medicamentos, mas também máscaras e álcool gel) houve um aumento de 5%. Nesta categoria, também os dentistas ficaram, em média, mais caros, com um acréscimo de 4%.
Os serviços financeiros, que, grosso modo, são dominados pelos bancos, registaram um aumento homólogo de 3,9%.
Relacionado com a pandemia pode também estar o acréscimo de preço das bicicletas. A meio do ano passado, foram vários os casos reportados de escassez devido à elevada procura, com algumas lojas e produtores a relatarem falta de stock. Neste caso, o aumento homólogo foi superior a 3%.