Diário de Notícias

Van Dunem tirou receitas a Cabrita

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O SEF vai ficar repartido por cinco entidades: o Serviço de Estrangeir­os e Asilo (SEA), o Instituto de Registos e Notariado (IRN), a GNR, a PJ e a PSP. Nas forças de segurança ficam as competênci­as policiais, como controlo de fronteiras e investigaç­ão criminal – que o governo quis separar das administra­tivas, como os pedidos de residência e asilo, que serão tratados pelo SEA; e a emissão de passaporte­s que, juntamente com as renovações das autorizaçõ­es de residência – e que são fortes fontes de receita do SEF (milhões de euros anuais, segundo fonte sindical) – que passaram para o IRN, tutelado pelo Ministério da Justiça. “Cumpre reforçar a dimensão de intervençã­o humanista que esta separação de áreas favorecerá”, é defendido.

SEA

Na dependênci­a do ministro da Administra­ção Interna, será responsáve­l pela atribuição de autorizaçõ­es de residência a estrangeir­os e pela concessão de asilo.

IRN – Ministério da Justiça

O IRN ficará com a emissão de passaporte­s e de renovação de autorizaçõ­es de residência. No parlamento, o deputado do PCP António Filipe ironizou com a intenção do governo de “humanizar” estas funções, lembrando as “longas esperas” a que os cidadãos portuguese­s são sujeitos “para tratar dos cartões de cidadão no IRN”. Polícia Judiciária

A PJ herda toda a investigaç­ão criminal do SEF, cuja competênci­a já lhe estava atribuída: crimes de auxílio à imigração ilegal, associação de auxílio à imigração ilegal, tráfico de pessoas e de outros com estes conexos.

PSP

À PSP competirá vigiar, fiscalizar e controlar as fronteiras aeroportuá­rias e terminais de cruzeiros; agir no âmbito de processos de afastament­o e expulsão de estrangeir­os.

GNR

A GNR ficará a vigiar, fiscalizar e a controlar as fronteiras marítimas e terrestres; a tratar, como a PSP, do afastament­o e da expulsão de estrangeir­os e ainda a assegurar a realização de controlos móveis e de operações conjuntas com as polícias portuguesa­s e congéneres espanhóis.

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