Diário de Notícias

As contas derraparam cerca de 100 mil euros e esse número pode aumentar. Organizar o Europeu de Judo custa 1,8 milhões de euros, sendo que a Câmara Municipal de Lisboa (1,1 milhões) e o Governo através do IPDJ (500 mil euros) são os principais dinamizado­r

- Telma Monteiro (de branco) em ação num treino durante o estágio da seleção nacional de judo.

e dona de mais de um terço (14 das 34) das medalhas que o judo português já conquistou em europeus – a primeira foi em 1994, por Justina Pinheiro. Telma tem cinco ouros – Tampere (2006), Belgrado (2007), Tbilisi (2009), Chelyabins­k (2012) Baku (2015) –, duas pratas – Istambul (2011) e Praga (2020) – e sete bronzes – Bucareste (2004), Roterdão (2005), Viena (2010), Budapeste (2013), Montpellie­r (2014), Telavive (2018) e Minsk (2019).

Só há dois atletas mais medalhados do que a portuguesa: alemã Barbara Classen (15) e o holandês Anton Geesink (25), mas ambos competiam em mais de uma categoria no mesmo Europeu.

Além da judoca do Benfica (-57 kg) e do campeão mundial dos 100 kg, Jorge Fonseca, a seleção conta com mais 16 atletas. Catarina Costa e Maria Siderot (-48kg), Joana Diogo e Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro e Wilsa Gomes (-57kg), Rodrigo Lopes, João Crisóstomo e André Diogo (-66 kg) a competirem na sexta-feira. Bárbara Timo (-70kg), João Fernando (-73kg), Anri Egutidze e Manuel Rodrigues (-81 kg) no sábado. E Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78kg), Jorge Fonseca e Diogo Brites (-100 kg) e Vasco Rompão (+100 kg) no domingo.

Repetir as quatro medalhas do Europeu de Lisboa em 2008 – o maior número de medalhas numa pova até hoje – não é fácil. Nesse ano, mesmo sem a lesionada Telma Monteiro, Portugal viu João Neto sagrar-se campeão europeu e Pedro Dias, Yahima Ramirez e a atual selecionad­ora, Ana Hormigo, conquistar­em o bronze.

Entre os 18 judocas portuguese­s que a partir de sexta-feira competem na Altice Arena há quatro medalhados: Telma Monteiro (14), Joana Ramos (2), Rochele Nunes (1) e Jorge Fonseca (1). Este último, o único campeão mundial do judo português (2019), quer a medalha que lhe falta, porque diz que só com títulos é feliz: “Estou ansioso. Sinto-me muito motivado, o Europeu é um título que me falta, é uma das grandes provas mundiais que ainda não consegui.”

Já Rochele Nunes é a melhor portuguesa do ano, depois de ter ficado à porta do ouro nos Grand Slam de Telavive e Tbilissi. Em Lisboa quer “cantar o hino” nos +78 kg, disse a luso-brasileira, destacando o bom ambiente na seleção.

Derrapagem nos custos

Os Europeus têm lugar no Altice Arena. Desta vez o espaço habituado a organizar grandes eventos como concertos e que já recebeu um Master de ténis, um Europeu de atletismo e uma Champions de futsal, recebe cerca de 400 judocas (18 portuguese­s) de 45 seleções europeias – a Grã Bretanha desistiu por causa da covid-19.

Desde terça-feira que todos os participan­tes do evento, desde staff, a jornalista­s, atletas e treinadore­s, e até o técnico de luz do pavilhão, estão na chamada bolha e em isolamento num dos vários hotéis. Assim manda o exigente protocolo de segurança. “Todos têm de fazer dois testes PCR covid-19, entre cinco dias e 48 horas antes de entrarem na bolha. A entrada na bolha é feita da seguinte forma: chegam ao hotel fazem um terceiro teste, sobem ao quarto e ficam isolados até saberem o resultado e a partir desse momento estão livres de circular na bolha. A circulação tem de ser feita sempre em transporte oficial da organizaçã­o, não se pode ir a pé apesar do hotel ser a 350 metros do pavilhão nem ir de carro próprio porque é proibido todo e qualquer contacto com o exterior”, explicou Catarina Rodrigues da Federação Portuguesa de Judo e da organizaçã­o.

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