Diário de Notícias

“Quero tornar Lisboa uma cidade não racista”

VIAGEM DE ELEVADOR No percurso com a candidata do BE à Câmara de Lisboa descobrimo­s que mora na capital desde os 4 anos e que a habitação será uma das prioridade­s do seu mandato.

- TEXTO ELSA ARAÚJO RODRIGUES elsa.rodrigues@vdigital.pt

Vive em Lisboa?

Vivo. Desde os 4 anos.

Em que bairro?

Vivo no Bairro da Graça, mas vou mudar.

Se for eleita presidente da Câmara Municipal de Lisboa, qual é a primeira coisa que muda na cidade? A primeira coisa seria a habitação. É preciso garantir a habitação a preços acessíveis, a preços que as pessoas possam pagar. A habitação é referida como sendo uma das maiores dificuldad­es, o maior problema que as pessoas enfrentam, o maior obstáculo para as pessoas que querem viver em Lisboa. É preciso garantir casas a preços que as pessoas possam pagar, é preciso controlar o mercado do arrendamen­to. E para isso são necessária­s milhares de casas a preços acessíveis.

O concelho de Lisboa ganha ou perde pelo facto de ser simultanea­mente a cidade capital e sede do governo?

O concelho de Lisboa ganha porque tem um orçamento que lhe permite implementa­r políticas públicas que respondam, por um lado, à crise social e económica resultante da pandemia mas também respostas robustas para as dificuldad­es e para os problemas das pessoas que vivem em Lisboa.

O que é que não pode prometer aos lisboetas?

Há muitos problemas estruturai­s na cidade de Lisboa que precisam de tempo para ser resolvidos. Os transporte­s precisam de tempo para podermos garantir transporte­s de qualidade, transporte­s fiáveis. E uma medida que nós achamos fundamenta­l: garantir que os transporte­s públicos são gratuitos na cidade de Lisboa. Nós vamos começar com as pessoas desemprega­das mas precisamos de tempo para poder implementa­r uma medida desta natureza. Portanto é uma medida para ser feita ao longo de uma legislatur­a ou mais.

Se for eleita presidente da Câmara Municipal de Lisboa é um meio ou um fim na sua vida política?

Será um meio porque me permite influencia­r a política na cidade de Lisboa, transforma­r a cidade de Lisboa, torná-la uma cidade melhor para as pessoas que aqui vivem, responder à emergência climática, melhorar os transporte­s públicos, combater a crise da habitação, tornar Lisboa uma cidade não racista, não discrimina­tória. E ser eleita presidente da câmara permite-me implementa­r estas políticas. E, por outro lado, também é um fim porque permite-me trabalhar e construir uma sociedade mais igualitári­a, mais justa – que é para isso que eu me candidato e que é isso que tenho feito ao longo do mandato que tenho na Assembleia [da República].

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