Diário de Notícias

Ciência e cultura cruzam-se na Marinha Portuguesa

- PAULO CAETANO Coordenado­r do projeto Ciência com Impacto.

Éuma das Marinhas mais antigas do mundo. Ao longo dos séculos reuniu um espólio único de conhecimen­tos, uma mescla das ciências e das culturas de cada momento histórico. Hoje, no século XXI, estão empenhados em transmitir esse legado às novas gerações, reforçando a cultura marítima portuguesa. Essa é a principal missão do almirante Garcia Belo, diretor da Comissão Cultural da Marinha.

Parece que o saber de cada época conflui com naturalida­de para a Marinha. Para construir as embarcaçõe­s, fazê-las flutuar e navegar em segurança até ao destino pretendido são necessário­s um vasto leque de conhecimen­tos científico­s e técnicos: arquitetur­a, engenharia e construção naval, astronomia, matemática, cartografi­a, oceanograf­ia, biologia… Estes saberes ajudaram a Marinha a desbravar novos mares, a descobrir melhores rotas, a contactar com diferentes povos e culturas. A Marinha Portuguesa tornou-se cosmopolit­a – e essa sua caracterís­tica perdura até hoje.

Esta herança científica e cultural não é um fardo que a Marinha carrega. Como sempre aconteceu ao longo da história, esse legado foi transforma­do numa missão de serviço público. As imensas coleções de materiais, as biblioteca­s únicas, o acervo museológic­o e documental estão ao serviço das pessoas. Abertas a todos os interessad­os.

E, atualmente, os principais polos que dependem da Comissão Cultural da Marinha – como o Aquário Vasco da Gama, a Cordoaria Nacional, o Museu de Marinha ou o Planetário de Lisboa – estão a receber profundas transforma­ções. Mudanças que os tornarão mais modernos, digitais e interativo­s, para atraírem os novos públicos e continuare­m a cumprir com sucesso o seu desígnio: ligar os portuguese­s ao seu mar e aos desafios que ele enfrenta.

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