PANDEMIA
Três municípios algarvios estão no nível mais grave de risco. Ultrapassado limiar crítico de camas em UCI em Lisboa e Vale do Tejo.
Há agora 40 concelhos com uma incidência superior a 480 casos por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias. Destes, três municípios algarvios estão no nível mais grave de risco, acima dos 960 casos. São eles: Albufeira (1100), Portimão (1183) e Loulé (993). Apenas superados por Sines, no Alentejo, com 1364 casos.
Tal como António Costa tinha anunciado na quinta-feira, após a reunião de Conselho de Ministros, o índice de transmissibilidade (Rt) está abaixo de 1 em todo o território nacional (0,98). O número foi confirmado ontem pelo boletim conjunto da DGS e do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA). A taxa de incidência entrou também na rota decrescente, com o registo de 419,2 casos de covid-19 por 100 mil habitantes. Estava nos 428,3 casos.
Embora os indicadores estejam a melhorar, o relatório de monitorização das “linhas vermelhas” do INSA dá conta da “tendência crescente” do número diário de casos de covid-19 nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), que passaram de 70% para 82%de ocupação numa semana, face ao valor definido como crítico de “255 camas ocupadas”. A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT ) é a que reúne o maior número de internados, “onde foi ultrapassado o limiar crítico regional definido”.
Sem covid-19
Os números continuam elevados em muitos concelhos, mas há a registar melhorias. Na semana passada havia sete concelhos no nível máximo de risco (mais de 960 casos por 100 mil habitantes), ontem foram registados quatro. A taxa de incidência também diminuiu nas duas maiores cidades do país: o Porto (passou de 871 para 823 casos) e Lisboa (de 840 para 750 casos). Pela segunda semana consecutiva, a Invicta manteve-se à frente da capital neste indicador de contágio.
O INSA relata a “tendência estável a decrescente a nível nacional”, mas pede atenção para a “atividade epidémica crescente na região Norte e Alentejo”, cujo índice de transmissibilidade está atualmente acima de 1: 1,02 no primeiro caso e 1,06 no segundo. O instituto prevê ainda “a continuação do aumento da pressão sobre os cuidados de saúde e da mortalidade nas próximas semanas”.
E porque a covid-19 não atinge de igual forma todos os concelhos, a DGS registou, no boletim epidemiológico de ontem, seis concelhos sem registo de infeções por SARS-CoV-2. Dois nos Açores (Corvo e Santa Cruz das Flores), um na Madeira (São Vicente), dois no Alentejo (Barrancos e Nisa) e um na Beira Baixa (VilaVelha Ródão).