Diário de Notícias

JOGOS OLÍMPICOS

Na estreia do atletismo em Tóquio 2020, Portugal conseguiu a presença em duas finais (triplo salto e lançamento do peso). Canoísta Antoine Launay ficou à porta da final.

- TEXTO ISAURA ALMEIDA

Uma tentativa foi quanto bastou para as duas campeãs da Europa garantirem um lugar na final das respetivas disciplina­s no dia de estreia do atletismo em Tóquio 2020. Patrícia Mamona (triplo salto) e Auriol Dongmo (lançamento do peso) vão lutar por medalhas no domingo. O dia de ontem ficou ainda marcada pelas vitórias na vela, a quase final da canoagem e as lágrimas de Lorène Bazolo (100m) e Rochelle Nunes (judo).

Aos 32 anos Mamona está na melhor forma de sempre e não esconde a ambição de ver isso traduzido num pódio Olímpico. Ontem, o salto de 14,54 metros assegurou-lhe a qualificaç­ão direta e um lugar entre as 12 melhores, mas ela quer mais. Foi com essa mentalidad­e que foi para a pista: qualificar-se rápido e descansar. “Agora vou descansar, estou com a adrenalina toda e vou focar-me em conseguir a minha melhor marca de sempre. São cinco anos à espera, estou a valer muito mais do que 14,66m. Quero lutar pela melhor classifica­ção possível e representa­r Portugal da melhor maneira”, disse à RTP.

Na terceira participaç­ão Olímpica – sexto lugar no Rio 2016 e 13.º posto em Londres 2012 – a atleta do Sporting tem como melhor marca do ano, recorde pessoal e recorde de Portugal: 14, 66m. A final do triplo salto feminino é no domingo (12.15, RTP2) e não contará com a estreante EveliseVei­ga, que ficou pelo caminho com um salto de 13,93m.

Tal como Mamona, também Auriol, se qualificou à primeira para a final da prova do lançamento do peso dos Jogos Olímpicos, com a marca de 18,80 metros. A recordista nacional, de 30 anos, igualou os 18,80 metros exigidos para a qualificaç­ão direta e foi descansar mais cedo. A campeã da Europa tem como melhor marca (e recorde nacional), 19,75 metros. No Rio 2016, a lançadora foi 12.ª, então ao serviço dos Camarões, antes de se mudar para Portugal e se naturaliza­r.

A velocista Lorène Bazolo ficou aquém do seu recorde nacional (11,15 segundos) e foi afastada das semifinais dos 100 metros. A atleta do Sporting acabou em lágrimas, mas ainda vai disputar as eliminatór­ias dos 200 m. Também a chorar e a pedir “desculpa” ao país que a acolheu, terminou a judoca luso-brasileira Rochelle Nunes (+78 kg), que perdeu com Idalys Ortiz nos oitavos-de-final, depois de se estrear no tatamis japoneses com um triunfo frente a Melissa Mojica.

Vitória em duas regatas

Na baía de Enoshima, os velejadore­s Jorge Lima e José Costa, em 49er, e Diogo Costa e Pedro Costa, em 470, venceram regatas, justifican­do a ambição de marcarem presença nas lutas pelas medalhas das respetivas classes. Os experiente­s Jorge Lima e José Costa impuseram-se na última das regatas de ontem, redimindo-se da desclassif­icação na

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