Taxa de carbono financia comboios
A taxa de carbono aplicada sobre as viagens internacionais de avião e de cruzeiro vai financiar a compra de 117 novos comboios para a CP, no valor de 819 milhões de euros. Pelo menos três quartos do financiamento serão provenientes de fundos europeus – 617 milhões de euros, segundo a resolução do Conselho de Ministros já publicada. O restante virá da taxa de carbono, de dois euros. Os novos comboios vão chegar entre 2026 e o final de 2029. A maioria (62) será para os serviços urbanos da CP: 34 para a Linha de Cascais, 16 para as Linhas de Sintra, Azambuja e Sado e 12 para os serviços urbanos do Porto. A CP também está autorizada a lançar o concurso para comprar 55 novos comboios regionais.
Mais contratações do que saídas
A fusão entre as duas empresas impede, por exemplo, a comparação da taxa de absentismo dos trabalhadores com anos anteriores, assim como verificar se a empresa recorreu mais ou menos às horas extraordinárias.
Ainda assim, verifica-se que houve mais 81 contratações do que saídas na CP ao longo do ano passado. As reformas foram a principal causa para a redução do quadro de pessoal da empresa pública de transporte ferroviário, mas acabaram por ser suplantadas por 171 novas contratações, ao abrigo do plano de investimento da CP (mais 136 trabalhadores) e do reforço dos quadros para a oficina de Guifões (mais 35 efetivos), que reabriu portas em janeiro de 2020.
Resta ao governo aprovar os relatórios e contas da CP relativos a 2020 e aos cinco anos anteriores. As contas desta empresa pública de transporte ferroviário “aguardam aprovação pela tutela” desde 2016, inclusive.