Diário de Notícias

Segundo notícia do jornal polícia aponta para a tese de acidente, tendo em conta a medicação pesada que Hasselmann toma para perda de peso e a ausência de sinais de entrada de alguém estranho no apartament­o. Uma agressão do marido está praticamen­te descar

Metrópoles,a

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net notícias falsas a dar conta de um acidente de viação da parlamenta­r, sob efeito de álcool, na mesma noite. Desmentida essa história, ganhou força a possibilid­ade de ela ter sido vítima de violência doméstica. “Estão tentando desviar o foco. Quem me conhece e conhece o Daniel sabe que é muito mais fácil eu dar uma sova nele do que ele ousar levantar a mão para mim.”

“Eu nunca agredi ninguém, nunca dei um murro em ninguém, jamais faria isso”, garantiu França, em conferênci­a de imprensa dada de mãos dadas com a mulher, no domingo, dia 25.

Desde o início, Hasselmann não descarta ter sido um mero acidente, mas, dado ter recebido ameaças de morte de rivais políticos, entregou dois nomes aos investigad­ores. “Como é pouco provável o acidente, decidimos pedir a investigaç­ão, até porque não é de hoje que sofro ameaças de morte e a minha lista de rivais políticos dá para fazer por ordem alfabética.”

“Eu dei dois nomes à polícia. São desconfian­ças, mas eu não vou acusar, pois são casos recentes. Eu passei para a polícia e eles vão investigar”, sublinhou ao jornal Correio Braziliens­e.

“Uma das duas pessoas citadas mandou-me recados indiretos e tem acesso muito fácil ao prédio e a outra é o óbvio ululante – são pessoas que estão me ameaçando sempre e nem têm vergonha, ameaçam-me publicamen­te nas redes sociais.”

A parlamenta­r entregou ainda um objeto encontrado na sala, que, segundo ela, não pertence a ninguém que more lá. Noutra ocasião, diz ter visto um maço de tabaco no imóvel, sendo que nem ela nem o marido fumam. O edifício onde se encontram os apartament­os dos deputados não tem câmeras de segurança nas escadas, o que pode facilitar invasões.

“Já disse com todas as letras que isto não é coisa de amador, mas de profission­al. Ninguém entraria na casa de uma parlamenta­r para a agredir dando ‘tchauzinho’ para a câmara do rés-do-chão ou do elevador, tendo tantos pontos cegos no prédio. Não terei o mesmo destino do PC Farias”, acrescento­u a parlamenta­r, referindo-se às dúvidas em torno da morte, em 1996, do tesoureiro de Collor de Mello e da sua namorada.

Segundo notícia do jornal Metrópoles de quinta-feira, dia 29, no entanto, a polícia aponta para a tese de acidente, tendo em conta a medicação pesada que Hasselmann toma para perda de peso e a ausência de sinais de entrada de alguém estranho ao apartament­o. Uma agressão do marido está praticamen­te descartada, por França não apresentar qualquer marca nas mãos.

Joice Hasselmann, 43 anos, casada pela terceira vez, é mãe de dois filhos dos dois primeiros casamentos. Teve atividade conturbada como jornalista, acusada de 65 plágios a 42 colegas de profissão diferentes enquanto trabalhava no Paraná, seu Estado natal.

Destacou-se na política ao defender veementeme­nte o impeachmen­t de Dilma Rousseff, como admiradora do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, de quem escreveu a biografia, e como apoiante incondicio­nal de Jair Bolsonaro.

Nas eleições de 2018, tornou-se a deputada mais votada da história, com cerca de um milhão de votos em São Paulo. Dois anos depois, tentou ser prefeita da maior cidade do país, mas foi apenas a sétima mais votada.

Pelo meio, a “Bolsonaro de saias”, como era chamada logo após a chegada ao Congresso e assumir a liderança parlamenta­r do governo, rompeu com o Presidente, que hoje considera “burro e limitado”. Os inimigos a que se refere são, na maioria, os ainda apoiantes do governo, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro, filho do Presidente.

Até o próprio Jair Bolsonaro reagiu ao caso da eventual agressão a Hasselmann. “Está bastante esquisita essa história...”

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