Mais um troféu para o Pote leonino A Supertaça fica com o campeão
Um golo extraordinário de Pedro Gonçalves, ainda na primeira parte, consumou a reviravolta frente ao Sp. Braga em Aveiro, garantindo a nona conquista na prova para o Sporting.
Atradição ainda é o que era, e o Sporting voltou a bater o Sp. Braga numa final. Este sábado, em Aveiro, Rúben Amorim juntou a Supertaça Cândido de Oliveira às conquistas da Liga e da Taça da Liga da época passada, conduzindo os leões a um triunfo, por 2-1, sobre o conjunto minhoto, que assim continua sem conseguir bater os lisboetas numa decisão, isto apesar de até ter marcado primeiro. Os leões acabariam por dar a volta ao resultado ainda no primeiro tempo, com Pote a marcar o golo que fez a diferença num remate extraordinário, e conquistaram justamente o troféu em disputa. Foi a nona vitória sportinguista na prova, que os minhotos continuam sem vencer.
Já com público nas bancadas do Estádio Municipal de Aveiro – ainda que os adeptos minhotos não tenham esgotado os bilhetes disponibilizados –, as duas equipas, que não sofreram qualquer derrota nas partidas de preparação que efetuaram na pré-temporada, subiram ao relvado com onzes muito semelhantes aos da época passada e poucas novidades. Rúben Amorim apenas apresentou um reforço, com Ricardo Esgaio a ocupar a posição do lesionado Porro, enquanto Carlos Carvalhal apostou na experiência de Paulo Oliveira na zona central da defesa, tendo a companhia de Fabiano Souza, que esteve emprestado à Académica, no lado direito.
Com os dois capitães, Coates e Ricardo Horta, a agradecerem a presença do público antes do apito inicial, o encontro iniciou-se com as duas equipas cautelosas e um ligeiro ascendente dos “gverreiros” minhotos. Ricardo Horta, aos nove minutos, proporcionou o primeiro remate da partida a Abel Ruiz, com a bola a sair ao lado. O capitão bracarense ainda apontou um livre lateral com algum perigo, mas Raul Silva não conseguiu desviar ao segundo poste, com a resposta leonina a surgir pouco depois por Pedro Gonçalves, na sequência de um canto. O pontapé, de fora da área, saiu enrolado e Matheus não teve dificuldades em agarrar.
Todavia, aos 20 minutos, e quando as equipas já estavam encaixadas, o Sp. Braga chegou mesmo ao golo – algo que não conseguira nos três confrontos da época passada entre os dois conjuntos. Um corte de Coates saiu na direção do capitão minhoto, que solicitou rapidamente Fransérgio. Este, à entrada da área, mudou de direção e tirou Gonçalo Inácio do caminho, rematando cruzado de pé direito com a bola a bater no poste antes de entrar na baliza.
Reviravolta rápida
Ainda assim, o Sporting pareceu nem sentir o golo. Continuou como se nada de tivesse passado e passados nove minutos chegou às igualdade, quando um excelente passe em profundidade de Nuno Mendes deixou Jovane Cabral só com o guarda-redes contrário pela frente. Mesmo com Paulinho em melhor posição, o extremo leonino arriscou no remate com o pé esquerdo e não falhou.
Ao contrário do que sucedera com o seu adversário, os arsenalistas abanaram e o Sporting aproveitou para tomar as rédeas do jogo, no mesmo estilo da época passada. Solidez defensiva e aproveitamento dos espaços na defesa contrária. Um centro de Nuno Mendes quase permitia a Pote fazer o segundo, mas Matheus conseguiu opor-se (33’). O mesmo já não sucedeu perto do intervalo, num lance iniciado num passe do guarda-redes de Carvalhal: Palhinha ganhou o duelo aéreo, Matheus Nunes foi rápido a meter um passe em balão na direita e o melhor marcador da Liga do ano passado não falhou, com um remate de trivela de levantar o estádio. Estava consumada a reviravolta ainda antes do descanso, tal como os leões tinham feito no último jogo de preparação frente ao O. Lyon.
A segunda metade começou da mesma forma, ou seja com os bracarenses ligeiramente por cima, mas foi sol de pouca dura. O Sporting em vantagem está no seu terreno favorito: equipa junta, solidez defensiva e muitas trocas de bola em zonas seguras, antes de sair de forma venenosa para o ataque. Com o desgaste a começar a surgir, a segunda parte foi menos interessante – mais perdas de bola, substituições – e as melhores ocasiões pertenceram todas aos lisboetas. Pedro Gonçalves foi o mais perdulário, tendo até desperdiçado um lance em que o guarda-redes do Sp. Braga fez mais uma asneira e não estava na baliza. Carvalhal lançou todas as opções ofensivas, inclusivamente Roger, um jovem de 15 anos, mas a verdade é que o seu Sp. Braga não criou uma oportunidade digna desse nome e o troféu, mais um, acabou levantado por Sebastián Coates.
“É bom começar o ano com um título. Esta Taça vai para o museu do Sporting. O golo do Sp. Braga fez-nos bem, depois partimos para uma exibição superior.” Rúben Amorim Treinador do Sporting
“Apresentámos um nível muito bom, mas faltou mais capacidade técnica, mais ‘perfume’.” Carlos Carvalhal Treinador do Sp. Braga