Diário de Notícias

TÓQUIO 2020

Prata da atleta do triplo salto e bronze do judoca refletem carreira de sucesso com muitos pontos em comum. Ambos foram descoberto­s na escola por aqueles que ainda hoje são os seus treinadore­s. São ambos do Sporting.

- TEXTO ISAURA ALMEIDA

Adiferença entre Patrícia Mamona e Jorge Fonseca? A cor e o peso da medalha olímpica. Em comum? Toda uma história de vida e sucesso desportivo. Os dois medalhados foram descoberto­s no desporto escolar por aqueles que ainda hoje são os seus treinadore­s. Ambos sentiram a desvaloriz­ação na pele, ambos foram obrigados a fazer paragens na carreira e ambos tiveram covid-19. E se Jorge (28 anos) tem dois títulos mundiais e uma medalha olímpica, Patrícia (32 anos) tem dois europeus e uma medalha olímpica. São ambos do Sporting.

Foi no final de uma competição de corta-mato que um professor de Educação Física, José Uva, viu talento numa miúda de 12 anos que vivia no Cacém e corria para ter donuts de graça: Patrícia Mamona. Foi ele que a fez despertar para o atletismo apesar da resistênci­a inicial dos pais que queriam que se concentras­se nos estudos. “É na escola que vamos descobrir novas Patrícias. Onde está o ouro tem de estar o garimpeiro. Esperar por diamantes delapidado­s é contribuir para a escassez de medalhas”, afirmou o treinador ao DN, em março, depois de ela ser campeã da Europa pela segunda vez (2016 e 2021).

Segundo José Uva, uma atleta como a Patrícia “aparece uma vez na vida de um treinador” e o treinador tem de ter capacidade para dar continuida­de às exigências. Foi o que ele fez e ao fim de 20 anos ainda é o seu técnico. E não foi esquecido na hora da medalha. “Neste momento só quero ver o meu treinador, acho que também deveria estar no pódio comigo, é a pessoa que me viu a correr na escolinha, que viu em mim algo de especial”, reconheceu Mamona.

Foi também na escola que Pedro Soares descobriu Jorge Fonseca há

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