Diário de Notícias

A medalha de prata Patrícia Mamona chega amanhã a Lisboa por volta das 12h35. A atleta do Sporting conquistou o segundo pódio para Portugal em Tóquio 2020, depois do bronze do judoca Jorge Fonseca.

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cerca de 15 anos. O judoca era um miúdo rebelde de 13 anos, que faltava às aulas para jogar à bola ou ver as aulas de judo do ex-judoca. “Espreitava pela janela para aprender uns golpes para brincar com os meus amigos. Um dia o treinador, que era o Pedro Soares, perguntou-me se não queria experiment­ar”, contou há dias o judoca do Sporting ao DN. Teve de pedir autorizaçã­o à mãe, ela deixou e o resto é história: dois títulos mundiais (2019 e 2021) e uma medalha de bronze em Tóquio 2020.

A relação forte e cúmplice de ambos é um dos trunfos de Fonseca e isso viu-se no combate que valeu o bronze ao judoca. Um treinador não pode dar indicações com os combates a decorrer, mas Pedro fê-lo e foi expulso. O treinador sentiu que Jorge estava a precisar de um incentivo e arriscou, gritando: “Ainda há uma medalha para ganhar.” E isso fez a diferença: “Teve de ser o treinador a motivar-me. Disse-me que tinha de ir buscar o bronze, fez-me acreditar que era possível.”

Superaram a covid-19

As semelhança­s entre eles não se ficam por aqui. Patrícia era uma atleta boa em várias disciplina­s. Chegou a bater recordes nacionais em barreiras, salto em altura, salto em compriment­o, triplo salto e heptatlo. Depois fixou-se no triplo influencia­da pelos sucesso de Nelson Évora. Mas nem todos viram nela capacidade para isso. “Diziam-me: ‘O triplo salto não. És muito pequena, não tens perfil de triplista.’ E agora sou vice-campeã olímpica”, desabafou há dias.

O mesmo sentimento tomou conta do judoca até há bem pouco tempo. “Puseram em dúvida o meu primeiro título. Deixar família e escola para trás para me dedicar ao

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