ENSINO SUPERIOR
Quase 64 mil alunos candidataram-se no concurso de acesso. Governo pediu mais 2500 lugares para colocar o maior número possível.
Pelo segundo ano consecutivo, os candidatos ao Ensino Superior quebraram recordes no país. Quase 64 mil vão saber, no próximo dia 27 de setembro, se conseguiram entrar no curso e na instituição escolhidos. Para assegurar o máximo de colocados – e dada a grande procura – o Governo espera que a Comissão Nacional de Acesso (CNA), que vai reunir-se na próxima quarta-feira, desbloqueie “entre 2000 e 2500 vagas não preenchidas dos concursos especiais e para estrangeiros”, revelou o ministro Manuel Heitor, ao DN/JN.
Há 26 anos que não havia tantos candidatos ao Ensino Superior: 63 878. A expectativa do ministério é que, entre todos os ciclos de estudos, públicos e privados, cerca de 90 mil novos estudantes estejam matriculados no próximo ano letivo.
Será um novo recorde, tendo em conta que, no ano letivo passado, também houve um recorde de candidatos, de vagas e de colocados (ver infografia). Para tal, as vagas não preenchidas dos concursos especiais e para estrangeiros foram transferidas para o acesso geral, o que deverá voltar a acontecer este ano. Dos 4700 lugares criados, “nem todos foram preenchidos”, explicou o ministro. Por isso, na reunião que manteve, anteontem, com o presidente da CNA, foi pedida a transferência, este ano, de apenas 2000 a 2500 vagas. “Estou convencido que serão suficientes”, justificou o ministro, ao DN/JN.
As metas a atingir
“Na quarta-feira, a CNA vai reunir-se e decidir se será possível fazê-lo, de forma a que os candidatos desta primeira fase sejam já colocados nessas vagas adicionais”, acrescentou Heitor.
Atualmente, “estão por preencher 4700 vagas para estrangeiros e 1100 dos concursos especiais”, disse o ministro. Com a transferência do número mencionado de lugares livres para o concurso geral, um total entre 54 242 e 54 742 vagas terão sido disponibilizadas aos quase 64 mil candidatos da primeira fase.