Carne sintética, algas e insetos no menu mundial
As alternativas que o mundo procura para fazer face ao crescimento da população sem esgotar os solos são mais do que muitas.
A carne sintética, ou carne produzida em laboratório, é uma alternativa alimentar que muitos veem como uma solução para um mundo mais sustentável. Trata-se de um método de produção in vitro, criado em laboratório a partir de células animais, mas sem serem realmente animais vivos. Singapura foi o primeiro país do mundo a aprovar a sua comercialização, os Estados Unidos têm em Bill Gates um dos seus maiores defensores. Ao que parece, o fundador da Microsoft, que lançou recentemente o livro Como Evitar o Desastre Climático,
defende este alimento como uma boa solução, e está mesmo ligado a empresas produtoras de carne de laboratório, como a Beyond Meets e a Impossible Foods. Gates também já é, segundo a
Forbes, o maior proprietário de terras agrícolas nos EUA, com 242 mil acres (perto de 100 mil hectares) em 18 Estados. Os insetos já eram usados, tradicionalmente, na alimentação de alguns povos, mas começam agora a surgir alternativas de alimentação nesta área um pouco por todo o mundo. A UE aprovou recentemente a comercialização da primeira farinha de larvas de escaravelho, a farinha de tenébrio, também conhecida como farinha amarela, para consumo humano, que se insere na estratégia europeia Do Prado ao Prato, no sentido de fazer a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis. Em Portugal há já empresas a produzir alimentos, como snacks e barras proteicas, a partir de insetos. As algas já são usadas para muitos fins, como alimentação animal, cosmética, fertilizantes, biocombustíveis e igualmente em alguns tipos de culinária. Este produto, bastante rico a nível nutricional, está a ser estudado por vários investigadores no mundo no sentido de perceber de que forma poderá entrar na alimentação diária dos seres humanos. É mais uma alternativa a ter debaixo de olho.