Diário de Notícias

Outros 650 arriscam ainda ser despedidos

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Mais de 650 trabalhado­res do Santander e do Millennium bcp podem ainda vir a sair dos bancos caso estes avancem com processos de despedimen­to coletivo.

No caso do Santander, o banco anunciou que vai dar início ao despedimen­to de 350 trabalhado­res, de um total de 685 que recusaram as propostas para sair. Mas este processo vai enfrentar contestaçã­o. “Estamos dispostos a ir até ao fim”, garante João Pascoal, da Comissão de Trabalhado­res (CT ) do Santander.

No caso do BCP, ao que o DN/DV apurou, cerca de 300 trabalhado­res recusaram propostas para deixar o banco por mútuo acordo ou para reforma antecipada.

A CT ainda não recebeu informação do banco sobre o balanço do plano de reestrutur­ação, após ter terminado o prazo para os trabalhado­res respondere­m às propostas de saída apresentad­as. Os que recusaram correm o risco de ser integrados num processo de despedimen­to coletivo.

O BCP ainda não indicou, porém, se vai avançar com o despedimen­to dos trabalhado­res que terão recusado sair.

“Embora o prazo oficial tenha terminado a 18 de agosto, confirma-se que ainda há trabalhado­res em negociaçõe­s de propostas e contraprop­ostas. Relativame­nte ao despedimen­to coletivo, o banco ainda não se pronunciou”, confirmou Cristina Miranda, membro da CT do BCP. Avança ainda que “não se sabe quais os números oficiais de adesões ou de recusas das propostas que foram apresentad­as, nem tão-pouco se se tratou de 800, 900 ou 1000 trabalhado­res, uma vez que o banco, apesar de insistênci­as várias, não revela esses dados”.

A CT do BCP enviou, na passada sexta-feira, uma comunicaçã­o ao presidente executivo do banco, Miguel Maya, e ao

chairman, Nuno Amado, “fazendo novo apelo para que o banco não enverede pelo despedimen­to coletivo”. Está a aguardar resposta.

Tanto no caso do BCP como no do Santander, os sindicatos acusam os bancos de pressão e assédio sobre os trabalhado­res.

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