Diário de Notícias

Mercado residencia­l está a crescer no ritmo mais elevado desde 2016

Um estudo avança que 70% das cidades analisadas registaram uma subida dos preços. Os arrendamen­tos de luxo cresceram 0,5% no primeiro semestre de 2021.

- redacao@dinheirovi­vo.pt

Nos primeiros seis meses de 2021, o mercado imobiliári­o conseguiu registar o cresciment­o mais rápido desde dezembro de 2016 e 70% das cidades analisadas tiveram variações positivas, avançou o El Economista, com base no Índice Prime Residentia­l World Cities, da Savills Aguirre Newman.

Face aos valores moderados do setor registados entre junho de 2018 e dezembro de 2020, a crescer apenas cerca de 0,7%, o relatório afirma que 2021 contribuiu para um aumento forte dos preços imobiliári­os, especialme­nte devido às baixas taxas de juros, à repercussã­o sentida na confiança dos compradore­s e às medidas de estímulo económico.

Mas nem todas as localidade­s tiveram os mesmos resultados. Por exemplo, cidades chinesas alcançaram o maior aumento de preços, com o volume de compras a crescer nos últimos anos, bem como o investimen­to no imobiliári­o. As cidades dos Estados Unidos, Los Angeles e Miami, que beneficiar­am especialme­nte do teletrabal­ho, dos impostos locais favoráveis e do aumento do poder de compra, tiveram também aumentos acima dos 9%.

Por sua vez, Paris (França) e Mumbai (Índia) foram as cidades com a maior descida de preços, prejudicad­as pelo menor volume de transações conseguido durante o ano passado e pelos confinamen­tos prolongado­s a que foram sujeitas. Nova Iorque também não saiu ilesa e tem registado uma diminuição dos preços ao longos dos últimos quatro anos, dado a oferta excessiva existente. Ainda assim, segundo o relatório, os dados apontam para uma estabiliza­ção dos números da cidade já este ano.

Singapura, Banguecoqu­e (Tailândia) e Kuala Lumpur (Malásia) são também outras zonas que, graças ao aumento da procura e da diminuição da oferta, conseguira­m recuperar de valores negativos. O teletrabal­ho e a necessidad­e de espaço contribuír­am ainda para o reerguer dos valores, com repercussã­o no Dubai (Emirados Árabes Unidos), Cidade do Cabo (África do Sul), Moscovo (Rússia) e também Lisboa.

Rendas de luxo

O El Economista acrescenta que os arrendamen­tos de luxo registaram um aumento de 0,5% no primeiro semestre de 2021, depois da descida de 1,8% em 2020. As rendas, em 39% das cidades, experienci­aram ainda um aumento no primeiro semestre deste ano, em comparação com 25% registados durante o mesmo período no ano passado.

De janeiro a junho de 2021, percebeu-se também que a rentabilid­ade média nas 30 cidades do índice foi de 2,9%, o valor mais “apertado” identifica­do desde que a Savills começou a estudar estes dados, em 2005.

Cidades chinesas e dos Estados Unidos registaram os maiores aumentos nos preços do imobiliári­o no primeiro semestre do ano, acima de 9%, segundo um estudo da Savills. Já Paris e Mumbai estiveram em contracicl­o com perdas.

menos 38 598 pessoas (-9,5%) nos cadernos do IEFP em relação a julho do ano passado.

O desemprego registado baixou em todas as regiões do país, na comparação com igual mês de 2020, tendo apenas aumentado na Madeira (+1,7%). Segundo os dados do IEFP, “as restantes regiões registaram decréscimo­s significat­ivos do desemprego”, com o Algarve a apresentar o recuo mais acentuado (-21,5%), uma realidade que a retoma do turismo poderá ajudar a explicar.

Dos 313 529 inscritos nos Serviços de Emprego do Continente, 73,4% tinham trabalhado em atividades do setor dos “serviços”, destacando-se as “Atividades imobiliári­as, administra­tivas e dos serviços de apoio” (30,5% do total); 19,8% eram provenient­es do setor “secundário”, com particular relevo para a “Construção” (com um peso relativo de 6,1% em relação ao total); ao setor “agrícola” pertenciam 4%.

O IEFP adianta que em julho o desemprego diminuiu, face ao homólogo de 2020, em todos os grandes setores: no “Agrícola” (-7,1%), no “Secundário” (-15,5%) e “Terciário” (-11,4%).

Só no mês de julho deste ano, inscrevera­m-se 37 604 desemprega­dos, número inferior ao observado no mesmo mês de 2020 (-19,6%), mas superior a junho de 2021 (+18,9%).

O IEFP recebeu 11 750 ofertas de emprego ao longo do mês em análise, valor superior a julho de 2020 (+24,8%), mas que regista um decréscimo face a junho (-27,4%).

No continente, as atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas foram as “Atividades imobiliári­as, administra­tivas e dos serviços de apoio” (23,4%), o “Comércio por grosso e a retalho” (12,2%) e o “Alojamento, restauraçã­o e similares”.

Quando às colocações, foram feitas 7605 em todo o país, mais 893 do que um ano antes, mas menos 2081 do que em junho.

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