Diário de Notícias

Esclarecim­ento e agradecime­nto

- Filipe Froes

Na última crónica de Joana Amaral Dias no Diário de Notícias de 29/08/2021 e intitulada “Médicos & Monstros” são feitos, entre outros, vários comentário­s que considero injuriosos, difamatóri­os e caluniosos no que toca à minha pretensa relação com a indústria farmacêuti­ca, à minha pretensa ausência de imparciali­dade ao comentar medidas e intervençõ­es no âmbito da pandemia, nomeadamen­te o sucesso e a adesão à vacinação, bem como a uma capacidade que desconheci­a ter para condiciona­r a resposta a nível nacional e europeu contra a pandemia. Estes comentário­s infundados e ofensivos resultam de um montante de 385 mil euros que é público e está registado em meu nome, desde 2013, na Plataforma da Transparên­cia para os médicos, no site do Infarmed.

Esclareço, contrariam­ente ao princípio da sobriedade próprio do exercício da medicina que, desde 2013, publiquei 51 artigos científico­s em revistas médicas com revisão de pares e fator de impacto, dos quais cerca de metade nas principais revistas médicas internacio­nais (informação disponível em https://publons.com/researcher/2406278/ /filipe-froes/publicatio­ns/). No mesmo período, fui ainda coeditor de um livro médico, investigad­or principal de três estudos e coordenado­r nacional de um estudo internacio­nal multicêntr­ico, nalguns com financiame­nto total ou parcial de “laboratóri­os”. É, assim, normal e expectável que seja frequentem­ente convidado para participar em projetos de investigaç­ão e a realizar sessões e palestras em Portugal ou no estrangeir­o pelos mais diversos organismos e instituiçõ­es nacionais e internacio­nais, onde se inclui a indústria farmacêuti­ca. Tudo normal, público, transparen­te e registado nos locais devidos.

E, finalmente, aproveito para agradecer o ataque básico e primário, que usa a metodologi­a das teorias da conspiraçã­o e que nos dá a oportunida­de de entendermo­s o perigo que advém da desinforma­ção, da ignorância, do obscuranti­smo e da assustador­a invasão do espaço dos órgãos de comunicaçã­o social tradiciona­is pela irresponsá­vel linguagem das redes sociais.

As máscaras caíram, obrigado!

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