Diário de Notícias

“Estou sem palavras. É momento único para mim estrear-me com um golo. Mas o mais importante é a vitória. Acho que nunca tinha sentido isto na minha vida. é um momento que vou guardar para sempre.

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abertura de Otávio (oitavo naturaliza­do a representa­r a seleção), que já se evidenciar­a com dois belos passes na fase inicial da partida, deixou Nuno Mendes em boa posição, mas o novo recruta do PSG não dominou bem e o lance perdeu-se. Todavia, logo a seguir, Portugal chegou mesmo à vantagem, graças a um belo centro de João Mário que André Silva desviou de cabeça, assinando o seu 17.º golo na seleção, ele que levava quase um ano sem marcar (23’). Quase de imediato, a equipa das quinas marcou o segundo, da mesma forma, desta vez cabendo ao novo internacio­nal coroar a estreia com um golo, após cruzamento de Gonçalo Guedes – os dois assistente­s frente à Irlanda repetiram o feito e Portugal somou o seu quarto golo seguido de cabeça.

Com o resultado em 2-0, a resistênci­a da equipa orientada pelo espanhol Félix Sánchez chegou ao fim e Portugal foi criando ocasiões umas atrás das outras para ampliar a marca. Aexpulsão do guarda-redes do Qatar já em cima do intervalo, num lance com intervençã­o do VAR que deu como legal a posição de Gonçalo Guedes e o seu derrube, deixou mais evidente a desproporç­ão de forças em luta, que se acentou no segundo tempo.

Frente a um adversário remetido à sua defesa, com quase toda a gente atrás da linha da bola, Portugal entrou numa espécie de treino descontraí­do de combinaçõe­s ofensivas. Podia ter aumentado a vantagem, sobretudo num remate de João Mário após centro de Otávio, mas acabaria por sofrer novamente na sequência de um canto tal como sucedera no Algarve: Abdelkarim saltou sem oposição e cabeceou com força, sem hipóteses para o guardião português (61’), numa altura em que Diogo Jota e Bruno Fernandes tinham acabado de entrar.

Cerca de dez minutos volvidos, Fernando Santos voltou a mexer, introduzin­do Trincão e Rúben Dias em campo, com a equipa a regressar então ao 4x3x3 mais tradiciona­l. Portugal continuou a sentir dificuldad­es para romper a linha defensiva contrária mas ainda criou mais duas ou três chances, fechando o resultado perto do final, quando Diogo Jota arranjou um pontapé de penálti, que Bruno Fernandes converteu sem o habitual saltinho. O Qatar acabaria reduzido a nove, devido a mais uma expulsão, mas o resultado estava feito.

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