Médicos britânicos contrariam Manuel Heitor
A Associação Médica Britânica (BMA) negou ontem que a formação dos médicos de família no Reino Unido seja menos exigente do que a de outras especialidades, contrariando uma posição expressa pelo ministro português do Ensino Superior, Manuel Heitor, numa entrevista ao DN. “É completamente incorreto descrever a formação em medicina familiar no Reino Unido como menos exigente do que no caso de outras especialidades médicas”, afirmou, numa nota, Samira Anane, responsável para a educação, formação e trabalho do grupo de Medicina Familiar da BMA, sublinhando que no Reino Unido os médicos de medicina familiar são reconhecidos como especialistas em medicina generalista e especialistas em clínica geral. “Para poderem exercer têm de terminar o mesmo curso universitário do que os outros ramos da medicina, completar depois dois anos de formação prática básica e mais pelo menos três anos de formação prática especializada, de acordo com um programa aprovado pelo General Medical Council.” A reação surge após o ministro Manuel Heitor ter dito, ao DN, esperar que, até 2023, o país possa ter três novas escolas de medicina em Aveiro, Vila Real e Évora, sublinhando que a formação de um médico de família não precisa de ter a mesma duração do que outras especialidades.