Diário de Notícias

Entre os clientes de António está o gabinete de arquitetur­a Saraiva & Associados, que em Almaty fez a entrada do jardim botânico e em Nursultan o edifício de escritório­s de um banco, perto da avenida onde fica a Torre Bayterek.

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a Astana, depois rebatizada de Nursultan. Mas mantém-se a mais cosmopolit­a das cidades e com um clima menos extremo do que o de Nursultan. António gosta da cidade, das avenidas arborizada­s, das esplanadas no verão, das montanhas, às quais é possível subir de teleférico até 3200 metros, onde fica a estância de esqui de Shymbulak. E se a vida é agradável, também as oportunida­des de negócio existem no Cazaquistã­o, país de 19 milhões de habitantes, a maior economia da Ásia Central (tanto em PIB absoluto como em PIB por habitante) e a segunda do antigo espaço soviético, depois da Rússia. A riqueza do país, presidido desde 2019 por Kassim-Jomart Tokayev, vem sobretudo do petróleo e do gás natural, mas também de minérios vários e da agricultur­a.

“Existem várias empresas de consultori­a que conseguem fazer relatórios sobre o Cazaquistã­o. Eu não faço relatórios. O que eu faço é criar ligações, estudar o produto da empresa portuguesa e saber ir à procura de onde esse produto se encaixa. Faço a pré-venda, faço a venda em conjunto e ajudo também a executar os projetos ou a entrega do produto até ao fim”, explica.

Entre os clientes de António está o gabinete de arquitetur­a Saraiva & Associados, que em Almaty fez a entrada do jardim botânico e em Nursultan a sede de um banco, perto da avenida onde fica a Torre Bayterek, um dos símbolos da nova capital.

Sobre o país onde os filhos estão a crescer, António diz que “a tão elogiada estabilida­de é um pau de dois bicos, pois também limita certos eixos de desenvolvi­mento”. Contudo, quem sabe como o Cazaquistã­o funciona, quais as regras, pode ser bem-sucedido nos negócios, e por isso há constantem­ente empresas portuguesa­s a contactar o consultor, que nunca trabalha com mais de três ou quatro ao mesmo tempo e sempre sem serem concorrent­es.

De Portugal, diz, os cazaques sabem pouco, embora “toda a gente conheça o Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo”. António, que em miúdo jogou no Andorinha, costuma até contar aos amigos no Cazaquistã­o que chegava a cruzar-se com o agora famoso futebolist­a na Madeira, mas que poucos acreditam, “acham que sou um exagerado”, tal é a fama de estrela de Ronaldo.

Avacinação de menores de 12 anos contra a covid-19 é considerad­a determinan­te para reduzir contágios e combater a variante Delta, mas os reguladore­s continuam à espera dos resultados de ensaios clínicos para tomarem uma decisão. Para já, a Agência Europeia do Medicament­o (EMA, na sigla em inglês) confirmou à Lusa que ainda não recebeu nenhum pedido das empresas farmacêuti­cas para aprovar a vacinação de crianças com menos de 12 anos.

Os ensaios clínicos pediátrico­s são geralmente estruturad­os para que uma vacina seja estudada primeiro em adolescent­es e, progressiv­amente, em crianças menores de anos. Assim que os dados de uma faixa etária mostram que a vacina é segura e que confere uma boa resposta imunitária, as farmacêuti­cas podem enviar os dados à EMA para a sua aprovação nessa faixa etária.

As duas vacinas de tecnologia RNA mensageiro (mRNA) aprovadas pela EMA e que estão a ser administra­das na UE podem ser utilizadas em crianças, mas, para já, apenas a partir dos 12 anos.

Em 28 de maio de 2021, a vacina do consórcio Pfizer/BioNTech foi aprovada para utilização em menores dos 12 aos 15 anos na UE e, em 27 de julho, a da farmacêuti­ca Moderna recebeu a luz verde da EMA para imunização de adolescent­es entre os 12 e os 17 anos.

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