TRANSPORTES
Protestos para aumento dos salários representaram mais de 80% das supressões entre junho e setembro. O serviço assegurado pelos Alfa Pendulares e Intercidades foi o mais afetado.
As greves impediram a realização de mais de 4000 comboios neste verão. Os passageiros foram penalizados pelas sucessivas paralisações convocadas por mais de uma dezena de sindicatos. Os comboios Alfa Pendulares e Intercidades foram os mais afetados.
Entre 1 de junho e 19 de setembro foram suprimidos 4283 comboios por motivo de greve, segundo os dados obtidos pelo DN/Dinheiro Vivo junto da CP. O número corresponde a 3,31% das 129.582 viagens programadas naquele período. Houve ainda 990 deslocações sem efeito por falta de pessoal, avaria ou outras razões.
O rácio entre viagens por realizar e viagens previstas por motivo de greve foi superior ao do ano passado (+0,82%). Em 2019 não houve uma única supressão por greve nesse período.
Como a operação e a infraestrutura ferroviárias estão separadas, a CP está mais sujeita a greves, que podem ser convocadas pelos seus trabalhadores ou pelos funcionários da Infraestruturas de Portugal (IP).
Os últimos quatro meses foram particularmente ativos na luta laboral. Logo em 2 de junho os funcionários da IP fizeram uma greve de 24 horas e apenas circularam 25% dos comboios programados. No final dessa semana, dia 6, o sindicato que representa os trabalhadores das bilheteiras e os revisores iniciou uma paralisação de três dias. Foi a única greve entre junho e setembro em que foram decretados serviços mínimos pelo tribunal arbitral.
Também em junho, dia 25, houve nova greve de 24 horas na CP e na IP, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) e pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).
Os comboios também pararam por 24 horas nos dias 28 de junho e 2 de julho, em protesto convocado por uma plataforma de oito sindicatos associados aos trabalhadores da IP: Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e Sindicatos Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públi