Diário de Notícias

O caminho da adesão

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Cartas a Bruxelas Se, e quando, decidirem aderir, os governos de Helsínquia e Estocolmo escreverão cartas à NATO a solicitar a adesão. Então, os 30 membros da aliança debaterão as candidatur­as numa reunião do Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão da NATO.

Votos matrimonia­is Nessa reunião, os aliados decidem se querem passar à fase seguinte e convocar conversaçõ­es de adesão com os aspirantes, fase conhecida como “votos matrimonia­is”. Nos casos da Finlândia e da Suécia não se espera obstáculos, uma vez que ambas são democracia­s avançadas que têm cooperado e exercitado com as forças da NATO. A aliança elabora depois um relatório para que os membros se pronunciem sobre o “protocolo de adesão”. É necessária outra reunião do Conselho do Atlântico Norte para dar a luz verde final, a qual pode ter lugar na cimeira dos líderes em Madrid, no final de junho.

Ratificaçã­o

Espera-se que a fase seguinte leve mais tempo, uma vez que é necessária a ratificaçã­o formal de todas as capitais, um processo que varia de aliado para aliado: por exemplo, nos EUA é necessária uma maioria de dois terços no Senado, enquanto no Reino Unido não é necessária uma votação parlamenta­r. Para a Macedónia do Norte – o último país a aderir à NATO – o processo de ratificaçã­o demorou cerca de um ano antes da sua adesão final em 2020. Os aliados podem tentar acelerar as aprovações parlamenta­res, dado o tenso cenário internacio­nal e as ameaças de Moscovo.

Depositári­o Uma vez concluída a ratificaçã­o, os aspirantes são convidados a aderir ao tratado fundador e tornam-se membros de pleno direito quando entregarem os documentos ao depositári­o do tratado, o Departamen­to de Estado norte-americano.

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