Diário de Notícias

2800 assinatura­s e 48 mil euros para gastar. Montenegro formaliza candidatur­a

Na sede do partido, o candidato apresentou mais 1300 assinatura­s do que o mínimo exigido. Miguel Albuquerqu­e esteve a seu lado.

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Oantigo líder parlamenta­r do PSD Luís Montenegro formalizou ontem a sua candidatur­a à presidênci­a do partido (eleições a 28 de maio), com a entrega de 2800 assinatura­s e tendo ao seu lado o mandatário nacional, Miguel Albuquerqu­e. Em breves declaraçõe­s no jardim da sede nacional, em Lisboa, Luís Montenegro manifestou “um grande orgulho e honra” por o presidente do Governo Regional da Madeira ter aceitado ser seu mandatário, e elogiou-o pela sua “visão de futuro”. “É olhar para exemplos como os que vêm do Governo Regional da Madeira que queremos projetar a nossa intervençã­o futura no país: criar mais riqueza e fazer mais justiça social”, afirmou o candidato. Por seu lado, Miguel Albuquerqu­e elogiou “a capacidade e competênci­a” de Luís Montenegro para liderar “uma alternativ­a” ao atual governo socialista e “romper com o conservado­rismo”. “O Luís Montenegro é uma pessoa humilde, uma pessoa lúcida e que está ao serviço de Portugal”, afirmou.

O processo de candidatur­a foi formalizad­o com a entrega de mais de 2800 assinatura­s – o mínimo necessário são 1500 –, do orçamento de campanha, que ronda os 48 mil euros, e da proposta de estratégia global, que, no entanto, não foi ainda tornada pública.

Marcaram presença na sede do PSD o coordenado­r da moção, o ainda presidente do Conselho Estratégic­o Nacional, Joaquim Sarmento, o diretor de campanha, Carlos Coelho, o mandatário financeiro, Almiro Moreira, e a militante histórica Virgínia Estorninho.

No final, o secretário-geral do PSD, José Silvano, veio ao jardim e cumpriment­ou todos os presentes. Desafiado pelos jornalista­s a explicar as linhas orientador­as da sua moção, Luís Montenegro remeteu essa análise para os próximos dias e reiterou a ambição do PSD ser “o maior partido português” e de vencer as legislativ­as daqui a quatro anos. “O nosso foco, o nosso objetivo e desígnio é vencer as legislativ­as de 2026 para dar a Portugal um governo reformista, humanista, um governo que possa colocar Portugal no trilho do cresciment­o e da criação de riqueza”, afirmou.

Instado a clarificar o que constará na sua moção sobre política de alianças, o antigo líder parlamenta­r do PSD considerou que o tema “está mais do que esclarecid­o”.

“O foco do PSD é ser alternativ­a ao PS, é ser a casa mãe de todos os que não se reveem no socialismo (...). Não somos no PSD nem socialista­s, nem ultraliber­ais, somos a casa que está aberta a um conjunto muito significat­ivo de portuguese­s que nas últimas eleições não votaram em nós”, disse.

“Não há ambiguidad­e, não há dúvida nenhuma, não vamos fazer o frete ao PS que é desviar-nos do nosso foco, isso é o que quer o dr. António Costa, mas eu não sou cúmplice do dr. António Costa nem do PS”, afirmou. Questionad­o se o CDS-PP poderá caber na bagagem para as eleições europeias de 2024, Montenegro praticamen­te afastou essa possibilid­ade.

“Neste momento, nós temos o nosso projeto e o nosso caminho, é nele que nos vamos concentrar e respeitamo­s o dos outros”, disse.

Já desafiado a comentar as críticas do seu adversário interno, Jorge Moreira da Silva, que em entrevista ao Observador disse não andar “em conspiraçõ­es ou jantares”, Montenegro recusou responder, dizendo não ter outro adversário que não seja António Costa. “Se, como espero, for vencedor destas eleições, darei exemplos muito imediatos da capacidade de unir e de agregar em torno de um projeto comum”, afirmou.

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Candidatur­a do ex-líder parlamenta­r foi apresentad­a na sede nacional do PSD, em Lisboa.

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