De Azovstal ao gás iraniano
Soldados pessimistas
“Mal vêm à superfície, apenas para encontrar comida e água. O estado de espírito é pessimista, pois quase não há esperança de salvação. Eles estão a preparar-se para a última batalha”, disseram as mulheres dos soldados ucranianos que sobrevivem na siderurgia Azovstal, em Mariupol, numa conferência de imprensa. Cerca de mil soldados continuam cercados pelas forças russas e as suas condições agravam-se de dia para dia. Segundo um soldado, 600 deles estão feridos, sendo que no dia 11 o hospital subterrâneo foi destruído por um bombardeamento. “O mais importante é salvar a vida dos heróis da Ucrânia, e não dar condecorações póstumas”, disse Yuliia Fedosiuk. “Acreditamos que ainda é possível tirar de lá os nossos defensores.” A Turquia propôs organizar uma retirada para os soldados através do Mar Negro, mas Moscovo recusou.
Partidos proibidos
O presidente ucraniano promulgou uma lei aprovada pelo parlamento no início de maio que proíbe os partidos que apoiam a invasão russa da Ucrânia. A proibição irá afetar partidos que justifiquem ou neguem a invasão da Rússia à Ucrânia. Em março, já tinham sido suspensas as atividades de quase uma dúzia de partidos com alegadas ligações com Moscovo.
Irão avalia exportar gás
O Irão está a considerar a possibilidade de exportar gás para a Europa, tendo em conta o aumento dos preços da energia devido à guerra da Rússia na Ucrânia. “Ainda não chegámos a uma conclusão”, disse o vice-ministro do Petróleo Majid Chegeni. “O Irão está sempre a perseguir o desenvolvimento da diplomacia da energia e a expansão do mercado”, acrescentou. O Irão possui uma das maiores reservas mundiais de gás, mas a sua exportação está sob as sanções que os EUA impuseram em 2018, quando Washington se retirou do acordo nuclear entre Teerão e as potências mundiais. As conversações para reavivar o acordo de 2015 começaram no ano passado, em Viena, mas têm estado em pausa há semanas, após novas exigências de Moscovo (relacionadas com sanções) e de Teerão.