A CORDILHEIRA DOS SONHOS
De na
Patricio Guzmán Cinemas
Depois de (magní-fico!) e Patricio Guzmán encerra a trilogia sobre a memória do Chile. Se o primeiro se centrava na relação poética entre o céu e o deserto de Atacama, e o segundo no elemento da água,
pega na referência paisagística dos Andes para refletir sobre o passado político, com uma nota pessoal do realizador. É o menos envolvente dos três docu-mentários, mas Guzmán é sempre digno da nossa atenção..
Nostalgia da Luz O Botão de Nácar,
A Cordilheira dos Sonhos
no meio da confusão que a câmara de Nina Guseva começa por colocar o espectador. Um protesto pacífico nas ruas de Moscovo, em julho de 2019, levou à detenção de mais de 2500 pessoas, resultando também centenas de feridos da ação mecânica da polícia. A atriz russa, que assina aqui o seu primeiro documentário, dá a ver, com clareza, o contraste entre o que se lê na Constituição e o que acontece na realidade do seu país. Mais especificamente, o que significa ser manifestante na Rússia. Exercer um direito cívico.
O Caso segue os passos de uma advogada, Maria Eismont, que após cada manifestação se apresenta nas esquadras para prestar assistência jurídica aos detidos. Uma mulher com uma energia cativante, que agarra a nossa atenção desde o primeiro minuto, mostrando pulso firme e uma expressão inabalável a cada atitude de desdém das autoridades. O processo mais absurdo que tem em mãos é o do ativista Konstantin Kotov, condenado a quatro anos de prisão por participar quatro vezes em protestos pacíficos. Uma única pergunta de um jornalista a Vladimir Putin vai mudar a sentença...