DIPLOMACIA
Primeiro-ministro quer ser o artífice de um consenso alargado sobre a integração da Ucrânia na União Europeia.
Confirmando-se o anúncio feito há dias pelo Presidente da República – e que muito irritou os socialistas –, o primeiro-ministro, António Costa, vai hoje à Ucrânia, estando prevista uma reunião com o presidente Volodymyr Zelensky.
Os detalhes – sítio, hora – não foram ainda revelados por razões de segurança, sabendo-se, no entanto, que Costa chegará a Kiev vindo da Polónia, onde esteve depois de também ter visitado a Roménia, tudo países que fazem fronteira com a Ucrânia.
Ontem, falando com jornalistas em Varsóvia, o chefe do Governo adiantou que conversará com o presidente ucraniano sobre a importância de definir um estatuto especial para um caminho pragmático e progressivo de integração da Ucrânia na UE. “Os 27 Estados-membros da UE têm de possuir a abertura suficiente para encontrarem o estatuto especial que é necessário para a Ucrânia; não nos agarremos a designações e concentremo-nos em ser pragmáticos”, afirmou Costa numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo polaco, Mateusz Morawiecki, o qual, na mesma ocasião, também defendeu uma adesão rápida.
“Relativamente aos contactos que manterei na Ucrânia com o presidente Zelensky e com o primeiro-ministro ucraniano, incidirão sobre as formas de apoio que, do ponto de vista bilateral, Portugal pode continuar a assegurar ao nível do fornecimento de equipamento militar, humanitário e financeiro. Vamos também discutir a perspetiva europeia da Ucrânia, tendo em vista que possamos ajudar a construir uma posição de unidade na União Europeia”, indicou o chefe do Governo.
Costa reconheceu a existência de uma posição diferenciada entre os Estados-membros da UE em matéria de processo de adesão da Ucrânia, mas procurou sobretudo dar ênfase aos pontos em que existe convergência. “Estamos reconhecidos e satisfeitos com a clara opção europeia da