Putin visita feridos em hospital militar
O presidente russo foi ao hospital militar Mandryka, em Moscovo, visitar soldados. De bata branca, Putin falou com os convalescentes, que se encontravam de pé, ao lado das camas. A Rússia não atualiza o número de baixas há dois meses. Na altura disse que tinham morrido 1351 militares e 3825 tinham sido feridos, contagem que foi posta em causa pelo Ocidente. Os serviços de informações da Defesa do Reino Unido dizem que Moscovo já teve mais baixas em três meses do que em 10 anos no Afeganistão. à fome milhões de pessoas. Kiev tem também acusado Moscovo de roubo de cereais e, na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, instou a comunidade internacional a não ser cúmplice desse crime.
Também nesse dia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusou a Rússia de “utilizar os alimentos como arma” ao não permitir as exportações ucranianas de cereais. “A Rússia está sempre pronta para o diálogo com aqueles que procuram uma resolução pacífica dos problemas. Deixo as declarações de von der Leyen à sua consciência”, respondeu Rudenko.
Presente em Davos, a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio revelou que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “está envolvido” em conversações para a abertura de corredores através do Mar Negro para que as exportações de alimentos ucranianos cheguem aos mercados mundiais. “Sei que está a decorrer algum trabalho nos bastidores para tentar ver se conseguimos obter uma solução”, disse Ngozi Okonjo-Iweala. A dirigente nigeriana informou que neste momento há 22 países com 41 restrições ou proibições de exportação de produtos alimentares, tendo apelado para que os países não o façam porque leva à subida dos preços.
Chantagem clara
Também na reunião da elite económica e política, Kuleba reagiu à proposta russa: “Isto é chantagem clara. Não se poderia encontrar um melhor exemplo de chantagem nas relações internacionais.” O ministro também criticou a NATO por “não fazer literalmente nada” para deter a Rússia em contraste com o papel da União Europeia.
Kuleba ouviu o seu presidente, no segundo discurso por videoconferência, pedir ao Ocidente mais armas pesadas. “A unidade é sobre armas. A minha pergunta é: existe esta unidade na prática? Não consigo vê-la. A nossa enorme vantagem sobre a Rússia seria quando estivéssemos verdadeiramente unidos”, disse Zelensky. Horas antes, na sua mensagem diária, o líder ucraniano disse que as forças russas “querem destruir tudo” no leste da Ucrânia.
Apesar de as tropas ucranianas já contarem com algum armamento pesado, as forças russas continuam a avançar em várias frentes, e tentam cercar Severodonetsk e Novozvanivka, em Lugansk, e Bakhmut e Lyman, em Donetsk. Segundo o governador da região de Lugansk, Sergiy Gai