Diário de Notícias

Poroshenko impedido de sair

- susana.f.salvador@dn.pt

O ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko acusou ontem as autoridade­s de o impedirem de sair do país por razões políticas, após ter sido travado por duas vezes na fronteira com a Polónia. Membros do seu partido alegam que a polícia não tinha qualquer razão para o travar, ao abrigo da lei marcial que impede os cidadãos do sexo masculino de sair, uma vez que ele tinha documentos que provavam que viajava oficialmen­te como membro do Parlamento. Poroshenko é membro da comissão parlamenta­r para a integração na União Europeia e disse que estava a caminho da Lituânia para participar numa reunião da Assembleia Parlamenta­r da NATO. Derrotado por Volodymyr Zelensky nas presidenci­ais de 2019, Poroshenko está a ser julgado desde 2021 por traição, após alegadamen­te ter comprado carvão aos separatist­as pró-russos do Donbass. Foi libertado da prisão em janeiro. nianas diante do “ataque bárbaro” russo, apelidando de “desprezíve­l” o bloqueio ao porto de Odessa – o maior do país – e dizendo estar a trabalhar com os parceiros internacio­nais “para encontrar maneiras de continuar com a exportação dos cereais da Ucrânia para evitar uma crise alimentar global”.

Ação no terreno

O último contacto dos líderes ocidentais com Putin surge no dia em que Moscovo anunciou ter testado novamente o seu míssil de cruzeiro hipersónic­o (capaz de viajar a nove vezes a velocidade do som). O Zircon terá sido disparado a partir da fragata Admiral Gorshkov no mar de Barents (foi divulgado um vídeo do lançamento), tendo “atingido com sucesso” o alvo a cerca de mil quilómetro­s, no mar Branco.

Na Ucrânia, os combates concentram-se em Severodone­tsk, onde os russos terão entrado na sexta-feira, com a Rússia a alegar que já conquistou a localidade vizinha de Lyman, ambas na região do Donbass.

Segundo o governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, 90% dos edifícios de Severodone­tsk estão destruídos. Zelensky disse que os russos estão a concentrar o fogo de artilharia na região de Donbass, alegando, no seu vídeo diário, que as forças ucranianas estão a fazer de tudo para proteger o território com os recursos de defesa que atualmente têm e que estão a tentar aumentar. Em Moscovo, Putin assinou entretanto a lei que aboliu o limite de idade para servir no Exército.

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