Poroshenko impedido de sair
O ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko acusou ontem as autoridades de o impedirem de sair do país por razões políticas, após ter sido travado por duas vezes na fronteira com a Polónia. Membros do seu partido alegam que a polícia não tinha qualquer razão para o travar, ao abrigo da lei marcial que impede os cidadãos do sexo masculino de sair, uma vez que ele tinha documentos que provavam que viajava oficialmente como membro do Parlamento. Poroshenko é membro da comissão parlamentar para a integração na União Europeia e disse que estava a caminho da Lituânia para participar numa reunião da Assembleia Parlamentar da NATO. Derrotado por Volodymyr Zelensky nas presidenciais de 2019, Poroshenko está a ser julgado desde 2021 por traição, após alegadamente ter comprado carvão aos separatistas pró-russos do Donbass. Foi libertado da prisão em janeiro. nianas diante do “ataque bárbaro” russo, apelidando de “desprezível” o bloqueio ao porto de Odessa – o maior do país – e dizendo estar a trabalhar com os parceiros internacionais “para encontrar maneiras de continuar com a exportação dos cereais da Ucrânia para evitar uma crise alimentar global”.
Ação no terreno
O último contacto dos líderes ocidentais com Putin surge no dia em que Moscovo anunciou ter testado novamente o seu míssil de cruzeiro hipersónico (capaz de viajar a nove vezes a velocidade do som). O Zircon terá sido disparado a partir da fragata Admiral Gorshkov no mar de Barents (foi divulgado um vídeo do lançamento), tendo “atingido com sucesso” o alvo a cerca de mil quilómetros, no mar Branco.
Na Ucrânia, os combates concentram-se em Severodonetsk, onde os russos terão entrado na sexta-feira, com a Rússia a alegar que já conquistou a localidade vizinha de Lyman, ambas na região do Donbass.
Segundo o governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, 90% dos edifícios de Severodonetsk estão destruídos. Zelensky disse que os russos estão a concentrar o fogo de artilharia na região de Donbass, alegando, no seu vídeo diário, que as forças ucranianas estão a fazer de tudo para proteger o território com os recursos de defesa que atualmente têm e que estão a tentar aumentar. Em Moscovo, Putin assinou entretanto a lei que aboliu o limite de idade para servir no Exército.