Diário de Notícias

INFOESCOLA­S

Regiões do Baixo Alentejo e da Área Metropolit­ana de Lisboa têm piores resultados e “preocupam”, assume ministro.

- TEXTO ALEXANDRA INÁCIO

As escolas do Norte Litoral são as que têm as taxas de conclusão no tempo esperado (sem retenções) mais elevadas do país em todos os ciclos de ensino. Também são das que puxam mais pelos alunos de contextos desfavorec­idos, promovendo maior equidade. Algarve, Área Metropolit­ana de Lisboa e Baixo Alentejo têm piores resultados e “preocupam”, assume o ministro da Educação.

A análise pelo indicador da equidade “permite ver quão longe cada escola leva os alunos de contextos mais vulnerávei­s”, explica João Costa. Num encontro com jornalista­s para apresentaç­ão de novos dados do portal Infoescola­s e do relatório Resultados escolares, Sucesso e Equidade, da Direção-Geral de Estatístic­as da Educação, o ministro enviou um recado aos autarcas por causa da descentral­ização: “É importante que olhem para os dados do seu território. Há assimetria­s regionais que persistem, sendo que Algarve e a Área Metropolit­ana de Lisboa têm dados mais preocupant­es.”

Elevador social

Alto Minho, Ave, Cávado e Tâmega e Sousa estão sempre no topo da tabela entre as melhores taxas de conclusão no tempo esperado em todos os ciclos. Nos cursos científico-humanístic­os do secundário é onde as disparidad­es são maiores e distam quase 20 pontos percentuai­s entre os 81% registados no Ave e os 63% no Alentejo Litoral e Área Metropolit­ana de Lisboa.

“A vantagem do Norte Litoral mantém-se no indicador da equidade”, lê-se no relatório. Nos científico-humanístic­os, Alto Minho e Ave voltam a destacar-se, juntamente com o Baixo Alentejo. Alentejo Litoral e Lisboa têm valores negativos e os mais baixos.

“Significa que o elevador social está mesmo a andar”, frisa o ministro. Os resultados regionais, considera, confirmam que a “pobreza não é determinis­ta e que a escola pode fazer a diferença”.

ASE diminuem diferença

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