INFOESCOLAS
Regiões do Baixo Alentejo e da Área Metropolitana de Lisboa têm piores resultados e “preocupam”, assume ministro.
As escolas do Norte Litoral são as que têm as taxas de conclusão no tempo esperado (sem retenções) mais elevadas do país em todos os ciclos de ensino. Também são das que puxam mais pelos alunos de contextos desfavorecidos, promovendo maior equidade. Algarve, Área Metropolitana de Lisboa e Baixo Alentejo têm piores resultados e “preocupam”, assume o ministro da Educação.
A análise pelo indicador da equidade “permite ver quão longe cada escola leva os alunos de contextos mais vulneráveis”, explica João Costa. Num encontro com jornalistas para apresentação de novos dados do portal Infoescolas e do relatório Resultados escolares, Sucesso e Equidade, da Direção-Geral de Estatísticas da Educação, o ministro enviou um recado aos autarcas por causa da descentralização: “É importante que olhem para os dados do seu território. Há assimetrias regionais que persistem, sendo que Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa têm dados mais preocupantes.”
Elevador social
Alto Minho, Ave, Cávado e Tâmega e Sousa estão sempre no topo da tabela entre as melhores taxas de conclusão no tempo esperado em todos os ciclos. Nos cursos científico-humanísticos do secundário é onde as disparidades são maiores e distam quase 20 pontos percentuais entre os 81% registados no Ave e os 63% no Alentejo Litoral e Área Metropolitana de Lisboa.
“A vantagem do Norte Litoral mantém-se no indicador da equidade”, lê-se no relatório. Nos científico-humanísticos, Alto Minho e Ave voltam a destacar-se, juntamente com o Baixo Alentejo. Alentejo Litoral e Lisboa têm valores negativos e os mais baixos.
“Significa que o elevador social está mesmo a andar”, frisa o ministro. Os resultados regionais, considera, confirmam que a “pobreza não é determinista e que a escola pode fazer a diferença”.