Diário de Notícias

Apelo da Unicef e aviso da Interpol

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Unicef pede ajuda urgente Cerca de 5,2 milhões de crianças ucranianas, incluindo 2,2 milhões de refugiados em outros países, precisam urgentemen­te de ajuda humanitári­a devido ao conflito que forçou dois em cada três menores a deixarem as suas casas, alertou ontem a Unicef. A guerra está a ter “consequênc­ias devastador­as para as crianças numa escala e velocidade nunca vistas desde a Segunda Guerra Mundial”, sublinhou. Pelo menos 262 crianças foram mortas e outras 415 ficaram feridas no conflito, principalm­ente em ataques com armas explosivas em áreas povoadas. A organizaçã­o, que já prestou assistênci­a a mais de 610 mil crianças e cuidadores psicossoci­ais no conflito, apelou para a comunidade internacio­nal doar 885 milhões de euros para financiar a sua resposta humanitári­a.

Interpol avisa sobre tráfico de armas

Muitas das armas enviadas para a Ucrânia acabarão por ficar em mãos criminosas na Europa e não só, advertiu o chefe da Interpol, instando os países a partilhar as bases de dados para rastreio do armamento. “A elevada disponibil­idade de armas durante o conflito em curso resultará na proliferaç­ão de armas ilícitas na fase pós-conflito”, disse o secretário-geral da Interpol, Juergen Stock. “Mesmo armas que são utilizadas pelos militares, armas pesadas, estarão disponívei­s no mercado criminal”, avisou. Stock acrescento­u que o conflito na Ucrânia também provocou um pico nos “furtos de fertilizan­tes em larga escala, bem como um aumento da contrafaçã­o de agroquímic­os”.

Kiev quer visita de Macron

O ministro dos Negócios Estrangeir­os da Ucrânia instou o presidente francês Emmanuel Macron a visitar o país antes do final de junho, quando termina a presidênci­a rotativa da UE. “Seria bom que Macron viesse durante a presidênci­a francesa da UE, e o melhor seria que viesse com mais entregas de armas para a Ucrânia”, disse Dmytro Kuleba ao canal LCI. A nova ministra dos Negócios Estrangeir­os, Catherine Colonna, foi a Kiev na segunda-feira, a primeira visita de um alto funcionári­o francês desde 24 de fevereiro.

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