Zelensky diz que ucranianos mantêm as suas posições em Severodonetsk, apesar dos ataques dos russos, “mais numerosos e mais poderosos”.
que têm apelado aos aliados ocidentais que enviem armas modernas. No terreno, a situação continua mais complicada a Leste. O presidente Volodymyr Zelensky disse ontem que as suas forças continuam a “manter a posição” em Severodonetsk, apesar dos repetidos ataques das tropas de Moscovo, que são “mais numerosos e mais poderosos”. O presidente ucraniano apelidou de “difícil” a situação na frente oriental, considerando que tanto Severodonetsk como Lysychansk “são hoje cidades mortas”. Zelensky esteve neste última cidade no domingo.
Numa conferência de imprensa em Kiev, o presidente chamou também a atenção para o bloqueio às exportações dos cereais ucranianos. “Agora, temos cerca de 20 a 25 milhões de toneladas bloqueadas. No outono, podem ser 70 a 75 milhões”, disse Zelensky. Antes da guerra, a Ucrânia era o quarto maior exportador de cereais do mundo e o impacto da guerra po
derá levar a uma situação de fome mundial.
Putin rejeitou na semana passada a ideia de que é Moscovo que está a bloquear as exportações de cereais ucranianos, apesar de Kiev o acusar de manter um bloqueio ao porto de Odessa. Os media turcos indicavam ontem que Ancara e Moscovo teriam chegado a um acordo que permitiria a passagem dos navios comerciais deste porto – escoltados por navios turcos, após uma desminagem feita também pela Turquia. Mas os ucranianos não confiam. “Putin diz que não vai usar as rotas comerciais para atacar Odessa. Este é o mesmo Putin que disse ao chanceler alemão Scholz e ao presidente francês Macron que não ia atacar a Ucrânia – dias antes de lançar uma invasão de larga escala no nosso país. Não podemos confiar em Putin, as suas palavras são vazias”, escreveu o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, no Twitter.