Diário de Notícias

“O nosso planeament­o e organizaçã­o é pensado para o ano inteiro e para os utentes que temos inscritos”.

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O mesmo acontece nos outros ACeS, no do Sotavento e no Central. Todos se preparam para um reforço de consultas de recurso, mas a Administra­ção Regional de Saúde definiu um plano para os cuidados primários que integra um reforço de a presença nas praias. “Vamos ter 31 postos de enfermagem em 13 conselhos para dar resposta às situações ligeiras nos locais em que as pessoas frequentam mais”, explicou ao DN o presidente Paulo Morgado.

Estes postos devem começar a funcionar no final de junho e princípio de julho até setembro, podendo estar abertos durante 12 horas, ou só no período da manhã ou só no da tarde. “Tudo depende das praias e da sua afluência. O objetivo é resolverem-se algumas situações agudas, como picadas de inseto, de peixe-aranha ou uma desidrataç­ão, de forma a evitar-se também a procura das urgências hospitalar­es. Se forem situações mais urgentes, então serão encaminhad­as para esses serviços”, explica-nos Natividade Galan.

O ACeS do Barlavento planeou instalar postos de enfermagem nas praias de Lagoa, Portimão, Lagos e Silves, onde “teremos um a dois enfermeiro­s, no caso de o horário ser de 12 horas”. Ao mesmo tempo, estarão a funcionar os Serviços de Urgência Básica no Centro de Saúde de Portimão e uma consulta na extensão de Armação de Pêra, uma das zonas que “chega a triplicar a população no verão”. Aqui estará a funcionar a consulta designada “sazonal”, com a mesma função de uma consulta recurso, mas sobretudo para a população que está em Armação. “A extensão fica na zona principal e é muito procurada por visitantes. Funciona todos os dias da semana das 08.00 às 20.00”.

Natividade Galan refere que, “embora esteja muito perto do ACeS, provavelme­nte, quem sai da praia com um problema não viria aqui, mas à urgência do hospital, e no local onde está a consulta tem funcionado muito bem como resposta de proximidad­e. Já tivemos uma na extensão de Alvor, mas a afluência era pouca e acabámos por a fechar”.

Os recursos são poucos. Todos o sabem, mas o planeament­o é feito para tentar dar resposta a todas as situações que possam surgir. Muitos acabam o verão desgastado­s. É assim todos os anos. Até um dia, esperam. “Quando o Algarve tiver os profission­ais de que necessita”, comentam ao DN.

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