Diário de Notícias

A educação para a saúde é uma componente essencial para que as pessoas tenham informação, tomem melhores decisões, e possam gerir a sua saúde ao longo da vida. “E essa educação tem de ocorrer não só na escolarida­de obrigatóri­a, mas também ao nível do ensi

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no superior, é baixo. Portanto, “percebemos que estas ferramenta­s de educação devem acompanhar todo o percurso das pessoas e todos os traços socioeconó­micos, mantendo uma maior preocupaçã­o com aqueles que são mais pobres ou têm menor literacia, porque a evidência científica é cabal, e o risco de terem doenças físicas e mentais é muito maior nestes estratos sociais”.

Sobre a promoção de competênci­as, Manuel Lopes reforça a importânci­a de fazê-lo em qualquer fase da vida. “Se for para aplicar em pessoas mais idosas, até podemos conjugar a promoção da literacia com outro tipo de estratégia­s que também contribuem, por exemplo, para aumentar o convívio entre gerações e combater a solidão”, sugere.

Estes desafios exigem muita reorganiza­ção e gestão, o que significa que há muito trabalho a fazer. Por exemplo, diz Manuel Lopes, “se formos analisar o Plano Nacional de Saúde, talvez o mais importante instrument­o de planeament­o estratégic­o em saúde em Portugal, não en

contramos referência à multimorbi­lidade e à abordagem da multimorbi­lidade e dependênci­a, que é uma realidade absolutame­nte avassalado­ra”. Estas questões, defende, têm de ser colocadas em cima da mesa e discutidas, porque requerem o contributo de todos. Uma das estratégia­s que este grupo de trabalho propõe, acrescenta Pedro Maciel Barbosa, é uma reflexão sobre os cuidados de proximidad­e ou os cuidados domiciliár­ios. “É algo que o SNS tem transforma­do, encontrou soluções, mas infelizmen­te, estão fragmentad­as e este é o momento certo para voltar a repensá-las”.

Para conhecer melhor estas propostas não deixe de ouvir o podcast, disponível a partir de hoje no site do DN.

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