Redes de alta velocidade já chegam em Portugal a seis milhões de casas
Dos cerca de seis milhões de alojamentos cablados com rede de alta capacidade, 5,8 milhões são já servidas por fibra ótica.
Cerca de 5,9 milhões de alojamentos residenciais e não-residenciais estavam cablados com redes fixas de alta velocidade no final do primeiro trimestre. Esta é uma estimativa da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) que consta no relatório Redes e serviços de alta velocidade em local fixo – 1.º trimestre de 2022. A cobertura das redes de alta velocidade atinge os 92,5%, em Portugal.
O governo já anunciou que vai assumir o financiamento da implementação de redes de capacidade muito elevada nas zonas desfavorecidas (zonas brancas), para elevar a percentagem de cobertura.
De acordo com a Anacom, a Área Metropolitana de Lisboa e as regiões da Madeira e dos Açores registavam índices de cobertura “superior à média nacional”. Por outro lado, até março, o maior crescimento do número de alojamentos cablados verificou-se no Algarve (+5,7%), Centro (+5,2%), Norte (+3,4%) e Alentejo (+3,2%), regiões “onde a cobertura de redes de alta velocidade se aproximou da média nacional”. Mais de 66% dos novos lares e estabelecimentos com redes de alta velocidade “foram efetivamente utilizados para prestar serviços a clientes residenciais e não residenciais”.
Das cerca de seis milhões de casas residenciais e não residenciais cabladas com rede de alta capacidade, 5,8 milhões são já servidas por fibra ótica, mais 4,4% do que no primeiro trimestre de 2021. Aliás, a cobertura de casas com fibra ótica já supera os 90%.
No entanto, “a proporção de alojamentos e estabelecimentos cablados com fibra ótica efetivamente utilizados [apenas] atingiu os 46,5% no final do primeiro trimestre de 2022”.
No final do primeiro trimestre, “o número de clientes residenciais de serviços de alta velocidade em local fixo atingiu 3,4 milhões, mais 7,6% do que no mesmo período do ano anterior” e, segundo a Anacom, “nove em cada dez novos clientes contrataram um serviço suportado em redes de fibra ótica”.
Atualmente, a percentagem de famílias que dispõem de serviços suportados por redes de alta velocidade ascende a 80,7%.
Por região, em Lisboa (94,7%), Açores (89,7%) e Madeira (88,5%) “registaram-se penetrações acima da média”, ao passo que as regiões Algarve (80,7%), Norte (77,1%), Centro (72,0%) e Alentejo (62,9%) têm níveis mais baixos, embora tenham crescido “acima da média nacional”.
“As assimetrias regionais têm vindo a esbater-se”, afirma o regulador liderado por João Cadete de Matos.