O celacanto foi oficialmente apresentado à comunidade científica na década de 1950.
da jornalista inglesa SamanthaWeinberg.
O celacanto foi oficialmente apresentado à comunidade científica na década de 1950, estudados os seus hábitos de vida e características morfológicas. Senhor de uns imponentes dois metros de comprimento, em extremo, e até de 90 Kg, o celacanto pode aproximar-se do século de vida, com a maturidade aos 55 anos. O período de gestação, estima-se, dura até cinco anos, a originar uma prole de dezenas de crias. A criatura, habitante de profundidades entre os 100 e os 700 metros, reúne-se em cardumes ao abrigo de grutas submarinas. Na dieta entram peixes, enguias, lulas e polvos. Ao contrário do inicialmente especulado por John Smith, o celacanto habita uma extensa área geográfica, no Oceano Índico, com populações na África do Sul, Comores e Indonésia. Neste último território foi descoberta uma segunda espécie de celacanto em 1998, descrita em 1999.
Entre as décadas de 1950 e 1970, o frenesim de capturas de celacantos com fins científicos nas águas ao largo das Comores, pôs em risco a espécie, até que em 1975, o governo do arquipélago índico aprovou legislação protecionista. Na década seguinte, Hans Fricke, etólogo e explorador, desceu no submersível Jago às profundidades marinhas das Comores para captar as primeiras imagens em filme do celacanto no seu habitat. Hoje, a União Internacional para a Conservação da Natureza, na sua ListaVermelha de Espécies Ameaçadas, classifica o celacanto do Índico Ocidental como “criticamente em perigo”, enquanto a espécie do Índico Oriental é tida como“vulnerável”.
Marjorie Courtenay-Latimer manteria a sua ligação ao Museu de East London até 1973, data em que se reformou. Faleceu em 2004, deixando o seu nome talhado na posteridade nas duas espécies de celacanto identificadas pela ciência: Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis.