“A CAF quer ser um parceiro para os países chegarem a objetivos de transição enerética e descarbonização da economia global.”
cial e da saúde. E há que continuar a apoiar os países na recuperação para um crescimento justo e sustentável, ou seja, para uma rápida retoma, mas que capitalize das lições do passado e seja duradoura, melhore a produtividade e a competitividade da região e compense as diferenças estruturais decorrentes de acesso a infraestruturas, educação, desigualdade e pobreza. A CAF pode ter um papel fundamental, como ponte entre a Comunidade Europeia e a América Latina e Caribe para canalizar recursos que agilizem as agendas ambientais e sociais, aprofundem a aposta em infraestruturas e motivem alianças com entidades públicas e privadas. Queremos ser uma plataforma estratégica, habilitadora e dinamizadora da cooperação internacional, para uma agenda de recuperação e desenvolvimento centrada na economia verde, sustentável e digital. E as empresas portuguesas podem dar um contributo muito relevante a estes objetivos da CAF no diálogo entre regiões e na execução dos projetos.
A transformação energética para a descarbonização é uma via fundamental nessas relações?
A nossa região tem as maiores reservas de petróleo depois do Médio Oriente e detém 4,2% das reservas de gás globais. É também onde se produz mais energia hidroelétrica no mundo e na recente lógica de eletrificação das economias temos das melhores condições para geração de energia eólica, nomeadamente na Patagónia, enquanto no norte do Chile e no sul do Peru há condições extraordinárias para o solar. Por outro lado, Argentina, Bolívia e Chile têm as maiores reservas de lítio do mundo, estima-se que 64% do total. Sendo a transição energética e a descarbonização da economia prioritárias e havendo muito por fazer para tornar as nossas cidades mais eficientes, há oportunidades incríveis. E a CAF quer ser um parceiro para os países chegarem a esses objetivos, com a Europa a poder ter um papel de acompanhamento da região.