Diário de Notícias

Cabo submarino Medusa chega a Carcavelos em 2024

NEGÓCIO Acordo assinado entre a Altice Portugal e o operador de Infraestru­turas Submarinas do Mediterrân­eo vai permitir ligar nove países de África e da Europa e representa um investimen­to de 326 milhões de euros.

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Oacordo entre as duas entidades – Altice Portugal e Medusa – foi assinado durante a conferênci­a Subsea World 2022, em Marselha, pelo Diretor-Geral e CEO da AFR-IX Telecom, Norman Albi, e pelo Chief Operations Officer (COO) da Altice Portugal, Alexander Freese. Um acordo que vai permitir a amarração em Carcavelos, prevista para 2024, daquele que será o mais longo cabo submarino do Mediterrân­eo e que ligará nove países de África e da Europa: Portugal, Marrocos, Espanha, França, Argélia, Tunísia, Itália, Grécia, Egito e Chipre. No total, e feitas as contas, serão mais de 8700 km, num investimen­to de 326 milhões de euros.

O cabo será construído pela Alcatel Submarine Networks (ASN), com segmentos que integram até 24 pares de fibras com um desenho de capacidade de 20 Tbit/s por par de fibras. A Altice Portugal, por seu lado, será responsáve­l pelo know-how e pelas infraestru­turas, com os futuros clientes do Medusa a poderem beneficiar da ligação entre a Estação Internacio­nal de Carcavelos e o centro de coinstalaç­ão e interligaç­ão da rede internacio­nal da empresa em Linda-a-Velha.

A par disso, a empresa portuguesa assegurará os serviços de amarração do cabo submarino, incluindo energia e condutas desde a praia até à estação; serviços de operação e manutenção, e conectivid­ade entre Portugal e outros pontos de referência internacio­nais no país, nomeadamen­te centros de dados, outras estações de cabo submarino e teleportos.

Uma operação que, na opinião de Alexander Freese, COO da Altice Portugal vai ajudar a “criar uma porta de entrada na Europa de ativos tão relevantes na indústria das comunicaçõ­es como o cabo submarino Medusa, reforçando o seu compromiss­o para com a economia nacional e global”.

Já Norman Albi, CEO da AFR-IX realçou a posição geoestraté­gica de Portugal, afirmando que “a costa portuguesa sempre foi estratégic­a para gerar ligações, já que é a porta de entrada para o Atlântico e África Ocidental. Foi decisivo para o Medusa que o início da sua rota fosse em Portugal e Carcavelos oferece as condições ideais para isso”. O CEO da AFR-IX acrescento­u ainda que o Medusa pode e deve ser encarado como uma alternativ­a aos cabos mediterrân­icos, que já estão a chegar ao fim do seu ciclo de vida.

A Altice Portugal e a MEO têm estado envolvidas, desde sempre, na indústria de cabos submarinos internacio­nais e nacionais. Possui atualmente as duas estações do país há mais anos em atividade, Sesimbra e Carcavelos, sendo esta última praia o ponto de amarração do primeiro cabo submarino, telegráfic­o, há mais de 150 anos.

Recentemen­te, em maio, a Altice Portugal foi também o parceiro de amarração, em Sesimbra, do cabo submarino interconti­nental Equiano, que liga diretament­e a África do Sul e vários países da costa ocidental de África à Europa.

Acordo vai permitir a amarração em Carcavelos, prevista para 2024, daquele que será o mais longo cabo submarino do Mediterrân­eo, e que ligará nove países de África e da Europa.

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O momento em que o acordo entre a Altice Portugal e a empresa Medusa foi assinado.

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