Diário de Notícias

MÚSICA Orquestra Metropolit­ana leva êxitos populares ao encerramen­to das Festas de Lisboa

O Terreiro do Paço é hoje (22.00 horas) palco do concerto que marca o final das festas da capital. Canções como Cheira a Lisboa ou Zé Cacilheiro serão interpreta­das, com acompanham­ento especial, por Anabela, FF, Lura, entre outros.

- TEXTO SARA AZEVEDO SANTOS sara.a.santos@dn.pt

As Festas de Lisboa chegam hoje ao fim com o espetáculo de encerramen­to Cheira a Lisboa, no Terreiro do Paço, onde vai ser possível ouvir várias músicas populares tocadas pela Orquestra Metropolit­ana de Lisboa, dirigida pelo maestro Cesário Costa, que irá acompanhar as vozes dos cantores Anabela, FF, Kátia Guerreiro, Luís Trigacheir­o, Lura e Marco Rodrigues.

Vão ser recriados 22 clássicos para celebrar o Parque Mayer, que este ano comemora o seu centenário, mas também a cidade de Lisboa e a música portuguesa. A orquestraç­ão das músicas, que vão das mais populares a algumas que ficaram perdidas no tempo, ficaram a cargo de Filipe Raposo, Pedro Moreira e Lino Guerreiro.

No primeiro ensaio, realizado na terça-feira da sede da Orquestra Metropolit­ana de Lisboa, era impossível ficar indiferent­e à algazarra dos instrument­os a serem afinados, cada um com o seu processo. Entre os artistas havia entusiasmo e orgulho pelo trabalho que estavam a iniciar em conjunto.

“Quando o ensaio arrancou nós começámos a ficar emocionado­s. Afinal é um privilégio, depois desta loucura toda que se passou e destes dois anos tão conturbado­s a nível cultural e humano, podermos estar em palco sem máscara e a celebrar aquilo que a nossa música tem de melhor”, assumiu o cantor FF ao DN.

O riso da felicidade de poder encerrar as Festas de Lisboa também marcou o ambiente, no qual todos os que ali estavam, estavam pela música. “São estes momentos que nos fazem perceber como a música é maravilhos­a”, comentou Lura, outra das vozes deste espetáculo.

Assim que o ensaio arrancou, todos os detalhes eram tidos em conta para levar ao público o melhor concerto possível. Recomeçar, repetir o final, voltar atrás são alguns dos vários momentos que compõem a construção de um espetáculo que, como este, quer pôr toda a gente a cantar, garantindo que quem lá for, sai de lá feliz. A contagem dos tempos e as pequenas adaptações àquilo que os cantores fazem, vão sendo apontadas nas partituras de cada um dos elementos da orquestra.

No centro de tudo estão os 100 anos do Parque Mayer, um sítio que durante muitos anos foi um epicentro da atividade artística lisboeta e que também marcou profundame­nte a cultura portuguesa. A grande diferença deste concerto para aqueles que foram realizados nos anos anteriores será a música típica de Lisboa. Êxitos como Cheira a Lisboa, Mocidade ou Zé Cacilheiro vão estar em palco no Terreiro do Paço. Para o maestro Cesário Costa, é exatamente o repertório a grande mudança em relação a outros espetáculo­s de encerramen­to. “É muito simbólico ser apresentad­a a música de Lisboa”, assumiu.

Ter a oportunida­de de honrar o Parque Mayer deixa os artistas orgulhosos de terem sido convidados para encerrar as Festas. “Fazer uma homenagem ao Parque Mayer nos seus 100 anos de aniversári­o, ter um grupo de artistas como este a cantar comigo e ser acompanhad­a pela Metropolit­ana de Lisboa, que de facto não é uma coisa que acontece todos os dias, é um enorme prazer para mim”, disse a cantora e atriz Anabela, com um sorriso aberto no rosto.

Luís Trigacheir­o não escondeu o sentimento de orgulho pelo enorme reconhecim­ento por ter sido convidado e espera estar à altura do desafio. “Acho que no que diz respeito aos arranjos, à orquestra, ao maestro, aos cantores... tudo, vai ser um concerto muito giro e muito bom”, sublinhou o cantor. Já FF assume que poder cantar um repertório que lhe diz muito, pela sua ligação ao teatro musical à portuguesa também é “muito especial e “uma honra em todos os sentidos”.

Após a primeira hora de ensaio, o maestro está otimista quanto àquele que será o resultado final a apresentar no Terreiro do Paço. “Estamos no intervalo do primeiro ensaio com a orquestra, está a soar tudo muito bem. O principal desafio é criar uma peça única, mas até este momento estou muito satisfeito com o que conseguimo­s”, dizia no intervalo daquele que era o primeiro ensaio. No regresso à sala , após o intervalo, a orquestra voltava a posicionar-se. Aos poucos, com tudo a correr tão bem, foi até possível ouvir alguns aplausos entre os elementos, era a expressão da emoção pelo que estavam a trabalhar. “Acho que vai ser uma grande festa, com muito glamour e muita classe”, prometeu Anabela.

As Festas de Lisboa encerram após um mês de muita música, dança e sardinhas pelas ruas da capital. O concerto está marcado para as 22.00 horas e tem entrada gratuita.

Cheira a Lisboa, Zé Cacilheiro ou Mocidade são alguns dos temas que fazem parte do espetáculo do Terreiro do Paço, que esta noite conclui as Festas de Lisboa e assinala os 100 anos do Parque Mayer.

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A Orquestra Metropolit­ana de Lisboa vai acompanhar os cantores FF e Anabela (à esq.).
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