Diário de Notícias

“País tem de saber por que está a morrer tanta gente”

PSD Montenegro diz que “Portugal vive talvez o pior período de que há memória” na Saúde e que o Governo terá de explicar aumento da mortalidad­e.

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Opresident­e do PSD defendeu ontem que “o país tem de perceber por que é que está a morrer tanta gente em Portugal”, dizendo que não se pode banalizar este “falhanço nos cuidados de saúde”.

No final de um encontro com o novo bastonário da Ordem dos Enfermeiro­s, Luís Montenegro afirmou que “Portugal vive talvez o pior período de que há memória” no setor da Saúde.

“Tenho já alertado e quero reafirmar, sem demagogias, sem irresponsa­bilidade, que o país precisa de perceber por que é que está a morrer tanta gente em Portugal, o que é que causa uma taxa de mortalidad­e que só encontra paralelo no período mais grave da pandemia que vivemos nos últimos anos”, afirmou.

Montenegro considerou que o Governo terá de explicar se este aumento da mortalidad­e “tem a ver com a capacidade do sistema de oferecer respostas aos utentes e com a debilidade do SNS, apesar do reforço de meios financeiro­s”.

“Precisamos de saber, não nos podemos conformar como se fosse uma fatalidade. Não podemos banalizar tantas mortes em Portugal, alguma coisa está a acontecer em termos de falhanço de cuidados de saúde para termos esta triste realidade”, alertou.

O presidente do PSD reiterou o compromiss­o de, se vencer as eleições legislativ­as de 10 de março, “no primeiro dia” do seu Governo “apresentar um programa de emergência para acabar com o que se está a passar nas Urgências e nos tempos de espera para consultas e cirurgias”.

Montenegro não quis alongar-se sobre outras questões, nomeadamen­te sobre a ausência de Passos Coelho da convenção que a coligação Aliança Democrátic­a realiza no domingo, mas em que estará o antigo ex-líder do CDS-PP Paulo Portas. “Teremos muitas oportunida­des de ter jornadas de interação com os portuguese­s, a de domingo é uma delas, teremos outras e apresentar­emos os nossos protagonis­tas em cada uma das jornadas consoante sejam as nossas intenções”, disse, consideran­do que “não é uma matéria que preocupa os portuguese­s, quem vai ou não” a esta iniciativa da AD.

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