Açores. Bolieiro dramatiza companha e já pede maioria absoluta
ELEIÇÕES Líder da coligação PSD-CDS-PPM começou a campanha a distribuir “santinhos” em Rabo de Peixe.
Oprimeiro dia do período oficial de campanha nos Açores começou, para a coligação PSD-CDS-PPM, em Rabo de Peixe (Concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel), com o cabeça de lista pelo círculo, José Manuel Bolieiro, recandidato a presidente do Governo Regional, a dramatizar os apelos à maioria absoluta.
“O dia mais difícil mesmo é quando queremos fazer bem e não nos deixam. E por isso é que eu aqui, nesta campanha eleitoral, peço o grau de confiança do povo para poder fazer o melhor por ele, com estabilidade, para não ficar interrompido, para que não haja, sobretudo, bloqueios ao meu trabalho, ao trabalho ao serviço do povo”, disse Bolieiro, quando interpelado pelos jornalistas que o acompanharam.
Questionado sobre se o objetivo é conseguir maioria absoluta, começou por responder que a coligação que lidera representa a “afirmação de uma alternativa para os 24 anos consecutivos do Governo do PS”. Mas a seguir acrescentou: “O que eu preciso é que, no Parlamento, haja uma maioria estável, que só pode ser a absoluta, (...) para garantir a duração dos mandatos até ao fim, como deve ser numa democracia madura.”
Bolieiro e a sua comitiva passearam-se pelas ruas de Rabo de Peixe – uma das localidades mais pobres dos Açores –, distribuindo “santinhos” (postais com a sua fotografia). Quando falava com a proprietária de um café, justificou que quis ali começar simbolicamente a campanha para “combater o anátema que às vezes querem impor” localmente. “E nós queremos ter um projeto político e de governação (...) de puxar para cima, elevador social e cultural, através da promoção do povo e da nossa identidade”, afirmou.
No final do diálogo, como fez noutros locais, Bolieiro desejou felicidades e deixou um postal com a sua fotografia: “Deixo-lhe aqui o meu cartão, que chamam, na gíria, o santinho”. Mais tarde explicaria que os postais com a sua fotografia são localmente designados por “santinhos” porque algumas pessoas os guardam em casa “com carinho”, como se fossem pagelas de santos católicos.
Onze candidaturas concorrem às eleições regionais açorianas marcadas para 4 de fevereiro, estando em disputa 57 lugares na Assembleia Legislativa. O Presidente da República decidiu dissolver o Parlamento açoriano e marcar eleições após o chumbo do Orçamento para este ano.