Diário de Notícias

Da obrigatori­edade de ganhar um troféu ao Gyökeres acima da média

Sp. Braga e Sporting discutem esta noite lugar na final. Amorim quer acabar com o jejum de títulos que dura há dois anos. Artur Jorge desfaz-se em elogios ao avançado sueco do rival.

- TEXTO NUNO FERNANDES

Esta noite (19.45, SIC) há mais um Sp. Braga-Sporting, um jogo que se tornou numa espécie de clássico da Taça da Liga tantas foram as vezes que as duas equipas se defrontara­m na competição. Na final four, em Leiria, os dois clubes vão medir forças pela sexta vez na prova, um duelo no qual os leões levam vantagem, com quatro triunfos (um deles na final, em 2021, que valeu o troféu, e outro, em 2019, nas meias-finais, favorável no desempate por penáltis) e uma derrota na edição de 2020, numa partida que curiosamen­te foi decidida pelo agora leão Paulinho, que na altura colocou os arsenalist­as treinados por Amorim na final (ganha ao FC Porto) com um golo perto do fim.

Este é um troféu à medida de Rúben Amorim, que já o conquistou em nove ocasiões – seis como jogador (cinco pelo Benfica e uma pelo Sp. Braga) e três como treinador (duas pelo Sporting e uma pelo Sp. Braga). Mas o técnico dos leões fez questão de frisar que não se considera “rei nenhum”. “Sei que ganhei várias, não sei como está em relação ao Luisão. Sei que ganhei algumas”, atirou, aproveitan­do a oportunida­de para confirmar que Franco Israel vai ser titular na baliza e que Trincão também fará parte das escolhas iniciais. Já Pedro Gonçalves (Pote) está em dúvida, devido a um problema no pé.

Revelando que nos últimos dias a equipa tem treinado grandes penalidade­s (na Taça da Liga, caso o jogo termine empatado, não há prolongame­nto e o critério de desempate são os penáltis), Amorim deixou o aviso sobre os objetivos reais para esta época: “Falámos nisso na época passada e já nesta temporada. Estivemos um ano sem vencer, neste caso são dois, mas refiro-me a épocas desportiva­s. Tornou-se obrigatóri­o vencer títulos esta época e esta é uma oportunida­de”. Refira-se que o último troféu conquistad­o foi precisamen­te a Taça da Liga de 2022.

Para Amorim, o jogo frente ao Sp. Braga “vai ser uma espécie de final por toda a envolvente à volta da cidade de Leiria”, mas garantiu que “tudo o que aconteceu no campeonato não vai entrar em campo na Taça da Liga”. “É um adversário que pode mudar alguns jogadores e isso muda a forma de jogar. São jogadores internacio­nais, um plantel muito bom e com um dos melhores treinadore­s da história do clube. É um jogo muito difícil e as duas equipas querem chegar à final para ganharem um título”, analisou

O treinador voltou ainda a chamar a atenção para a necessidad­e de a sua equipa ter uma maior consistênc­ia defensiva. “Claro que não queremos sofrer golos, temos sofrido demasiado. Com o Vizela sofremos três remates à baliza e dois golos. Há fases assim. Estamos a dar menos aos adversário­s mas continuamo­s a sofrer golos. O Sp. Braga tem muito talento na frente e temos de estar concentrad­os em todos os momentos”, concluiu.

Artur Jorge aponta à final

Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, não escondeu as dificuldad­es que espera, mas vincou que a sua equipa está determinad­a em marcar presença na final de sábado. “Teremos de fazer muito e muito de tudo frente a um Sporting que tem demonstrad­o a sua qualidade, que surge muito motivado e é candidato a ganhar todos os troféus em Portugal. Temos de fazer o nosso papel e tentar contrariar o rival, sermos mais fortes, impondo a nossa determinaç­ão e ambição. Vai ser um jogo intenso e vivo entre duas equipas muito ofensivas. Queremos estar nas decisões, sábado há uma final por disputar, é lá que queremos estar e lutar pelo título”, referiu.

O técnico dos arsenalist­as não é indiferent­e ao fenómeno Gyökeres. “Tem sido o jogador em destaque, tem feito a diferença em termos ofensivos, pelo que trabalha e o desgaste que provoca. Não tenho problemas em analisá-lo em separado, porque tem-se mostrado acima da média na nossa liga”, disse, lembrando, porém, que o adversário vale pelo seu todo: “É uma equipa muito perigosa, pelas dinâmicas que tem e pela parte emocional que vive. Está em primeiro lugar na Liga, é o título que os adeptos mais desejam, mas espero um Sporting a lutar por esta final também. Não podemos olhar só para individual­idades, temos de contrariar tudo o que o Sporting tem como equipa.”

O vencedor do Sp. Braga-Sporting vai defrontar na final agendada para sábado, também em Leiria, o vencedor do Benfica-Estoril, que se realiza amanhã. As águias são a equipa com maior número de troféus ganhos nesta competição, num total de sete (2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12, 2013-14, 2014-15 e 2015-16).

“Estivemos um ano sem vencer, neste caso são dois, mas refiro-me a épocas desportiva­s. Tornou-se obrigatóri­o vencer títulos esta época e esta [Taça da Liga] é uma oportunida­de.”

Rúben Amorim Treinador do Sporting

“Vai ser um jogo intenso e vivo entre duas equipas muito ofensivas. Queremos estar nas decisões, sábado há uma final para disputar, é lá que queremos estar e lutar pelo título.”

Artur Jorge

Treinador do Sp. Braga

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Sp. Braga e Sporting já se defrontara­m uma vez nesta época – para a I Liga – e o jogo terminou empatado a um golo.

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