Diário de Notícias

Leão super perdulário afastado por golo solitário de Abel Ruiz

Sporting desperdiço­u 14 ocasiões de golo e quem aproveitou foi o Sp. Braga, através de ação decisiva do avançado espanhol. Arsenalist­as vão em busca do seu 3.º troféu.

- TEXTO ANDRÉ CRUZ MARTINS

OSp. Braga derrotou o Sporting por 1-0 e está na final da Taça de Liga, esperando pelo vencedor do Benfica-Estoril de hoje para conhecer o adversário do próximo sábado. Depois de 65 minutos iniciais de “sufoco” leonino, período em que os comandados de Rúben Amorim desperdiça­rem 13 oportunida­des de golo (!), tudo mudou com o golo de Abel Ruiz.

No onze inicial dos leões, comparando com o jogo diante doVizela, Rúben Amorim colocou Franco Israel no lugar de Adán e Marcus Edwards em vez de Paulinho, enquanto que nos guerreiros Bruma ficou de fora, devido a lesão. A primeira oportunida­de de golo coube ao Sp. Braga, com um remate de calcanhar de Ricardo Horta, à figura de Israel, mas essa foi a exceção à regra numa primeira parte de domínio total do Sporting, que incluiu três bolas nos ferros da baliza de Matheus: Pedro Gonçalves (13’) e Nuno Santos (37’ e 45’), na sequência de três remates espectacul­ares, os dois primeiros em tiros de fora da área e o terceiro numa “trivelada” que certamente daria ao ala esquerdo mais um dos golos da época, pelo menos em Portugal.

Até ao intervalo, os verdes e brancos tiveram ainda boas oportunida­des para inaugurar o marcador, através de Trincão (11’ e 23’), Nuno Santos (32’), Coates (37’) e Eduardo Quaresma (43’), esta última numa magnífica jogada individual, ficando mais uma vez a ideia de que o jovem de 21 anos não seria pior opção do que o errático Ricardo Esgaio como ala direito. Esgaio, de resto, voltou a falhr muitos passes, estragando bons ataques, não sendo por acaso que a grande maioria das jogadas dos leões foram pelo lado canhoto, onde Nuno Santos realizou uma primeira parte de alto nível.

O Sp. Braga, tirando o tal remate de calcanhar de Ricardo Horta, não mais incomodou Franco Israel no primeiro tempo e os guerreiros devem ter recolhido aos balneários agradecido­s ao seu guarda-redes por não estarem em grande desvantage­m no marcador. Isto porque, contabiliz­ando as oito ocasiões de golo dos lisboetas, em três delas Matheus brilhou com belas defesas.

O início do segundo tempo prosseguiu com domínio verde e branco: Gyökeres esteve muito perto do 1-0, num remate ao lado e, depois, decidiu mal, falhando o passe para Marcus Edwards. Entretanto, o árbitro Nuno Almeida mostrava-se muito complacent­e para com Paulo Oliveira, duro na marcação a Gyökeres, mas a conseguir escapar sem cartão amarelo.

O desfile de oportunida­des desperdiça­das pelo Sporting prosseguiu por Pedro Gonçalves aos 59’. Artur Jorge mexeu pela primeira vez na equipa do Sp. Braga aos 60’, com o apagado Pizzi, um médio, a ser rendido pelo ponta de lança Abel Ruiz, numa aparente tentativa de esticar o jogo da equipa. Nuno Santos voltou a “cheirar” o golo aos 62’ e aos 65’. Ao todo, foram 13 as ocasiões dos leões para marcar até então!

O velho ditado “quem não marca sofre” foi aplicado aos 65’, com o recém-entrado Abel Ruiz a fazer o 1-0, de cabeça, após cruzamento de Zalazar. Rúben Amorim reagiu com dupla substituiç­ão, colocando Matheus Reis no lugar de Coates e Paulinho em vez de Ricardo Esgaio, mas foi o Sp. Braga a estar muito perto do 2-0, com Zalazar a rematar contra Matheus Reis, depois de um erro incrível de Franco Israel. O lance foi alvo de análise do VAR, por dúvidas a respeito de braço na bola, mas Nuno Almeida nada assinalou. Logo a seguir, o jovem guardião uruguaio redimiu-se com duas espantosas intervençõ­es no mesmo lance.

O Sp. Braga estava agora na sua melhor fase, diante de um Sporting claramente afetado pela situação de desvantage­m no marcador. Já com Daniel Bragança no lugar de Marcus Edwards, os lisboetas pressionar­am em busca da igualdade, mas foi só num remate de Trincão que estiveram perto de o conseguir.

O Sporting acabou eliminado nas meias-finais da Taça da Liga, enquanto o Sp. Braga vai em busca do seu terceiro troféu.

No primeiro tempo, Sporting enviou três bolas aos ferros, com dois remates de Nuno Santos e um de Pedro Gonçalves. Leões pagaram caro o desperdíci­o.

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Desta vez, nem o super momento de forma de Gyökeres salvou os leões frente ao Sp. Braga.

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