Diário de Notícias

Estão “fartos” e exigem soluções para viver

- M.D.

“Estamos fartos da mesma conversa de sempre”, dizem os coletivos da plataforma Casa Para Viver, que vão para as ruas de 26 cidades exigir soluções para a crise da habitação.

“Anunciámos a saída à rua no dia 1 de Abril, e o Governo anunciou o pacote Mais Habitação. Mas capitulou logo aos interesses financeiro­s e esvaziou-se em promessas. Saímos à rua no dia 30 de setembro, e o Governo anunciou o fim do regime dos residentes não-habituais, mas agora quer deixar tudo como estava”, recordam, reclamando agora medidas sem recuos.

Querem “baixar as prestações pondo os lucros da banca a pagar”, “baixar e regular as rendas e prolongar a duração dos contratos”, “pôr fim aos despejos, desocupaçõ­es e demolições, sem alternativ­a de habitação digna, que preserve a unidade da família na sua área de residência”, “a revisão imediata de todas as formas de licenças para a especulaçã­o turística”, “o fim do estatuto dos residentes não-habituais, dos incentivos para nómadas digitais, das isenções fiscais para o imobiliári­o de luxo e fundos imobiliári­os”, “colocar no mercado de imediato os imóveis devolutos dos grandes proprietár­ios, fundos e empresas que só têm como fim a especulaçã­o” e “aumentar o parque de habitação pública do Estado”.

Ao todo, são cerca de 40 os coletivos que integram esta plataforma, que realizou a 1 de abril aquela que foi a primeira manifestaç­ão de sempre pelo direito à habitação e que juntou milhares de pessoas nas ruas de Lisboa, mas acabou por ficar marcada por confrontos entre alguns anarquista­s, que também estavam presentes no protesto, e as forças policiais.

Este sábado, a maioria dos protestos convocados pela plataforma Casa Para Viver começa às 15.00 horas. É o caso de Lisboa, que tem manifestaç­ão com concentraç­ão marcada a essa hora para a Alameda, e do Porto, onde o ponto de encontro é na Batalha. Mas também há protestos em muitas outras cidades, como Coimbra, Setúbal, Braga, Faro, Aveiro, Leiria e Covilhã.

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