Terceira vez dos guerreiros só se confirma nos penáltis
Após uma igualdade a um golo (e que golo o dos bracarenses, com assinatura de Ricardo Horta), o Sp. Braga conquistou o troféu frente a um Estoril que só baqueou no desempate. Tiago Araújo falhou o último.
Não houve grandes e não foi uma grande final, apesar do início prometedor. No fim, acabou por ser o Sp. Braga a conquistar a Taça da Liga, batendo o Estoril no desempate por grandes penalidades (5-4) e somando o seu terceiro triunfo na competição. Apesar de ter começado em desvantagem, um golão de Ricardo Horta empatou tudo ainda muito cedo, e depois foi necessário recorrer aos remates de 11 metros para decidir o vencedor. A fava acabou por sair a Tiago Araújo no décimo penálti e a festa foi arsenalista.
No Estádio dr. Magalhães Pessoa, em Leiria – à partida pelo último ano, uma vez que a competição vai voltar a sofrer modificações por força de um calendário internacional mais alargado –, Sp. Braga e Estoril encontrararam-se numa decisão pela segunda vez na história: na primeira, em 1977, os minhotos acabariam por levar a melhor por 2-0, conquistando a Taça FPF na sua única edição.
Partindo como claro favorito, não só por ter um plantel melhor e mais experiente, com vários internacionais, mas também por se ter habituado, nestas últimas épocas, a estar presentes em finais, ganhando umas e perdendo outras – além de um histórico recente muito favorável frente à equipa da Linha –, a equipa de Artur Jorge surgiu com o “herói” Abel Ruiz a titular no lugar de Pizzi. Já Vasco Seabra optou por fazer três alterações em relação à meia-final.
Com as bancadas muito bem compostas (quase 19 mil adeptos), os guerreiros sairam com a bola e aos 26 segundos conseguiram o primeiro lance perigoso, num cruzamentro de Ricardo Horta. A resposta dos canários foi rápida e Paulo Oliveira teve de se aplicar para evitar que Cassiano fugisse. Mas, aos quatro minutos, José Fonte, que se tornou no mais velho a disputar a final desta prova, derrubou mesmo o dianteiro estorilista e, após indicação doVAR, FábioVeríssimo assinalou grande penalidade. Cassiano não falhou e fez o 1-0 aos seis minutos.
Horta de excelência
A desvantagem não demoveu os minhotos, que se lançaram na busca pelo empate. Que não surgiu aos nove minutos, num lance em que Ricardo Horta até estava fora de jogo, nem aos 15’, quando Abel Ruiz, lançado em profundidade, dominou bem e ganhou espaço na área para um remate que acabou defendido por Dani Figueira. Mas apareceu aos 20’, após um canto de Zalazar, concluído com um golo de levantar qualquer estádio do capitão bracarense: à entrada da área, o remate de primeira de pé direito de Horta só parou no fundo da baliza.
Com a linha defensiva de cinco muito subida no terreno, o Estoril tentava reduzir o espaço de jogo ao seu adversário e a verdade é que o conjunto de Artur Jorge começou a sentir dificuldades para complicar a vida a Dani Figueira. Mesmo com João Moutinho (que esteve na primeira final da prova, então pelo Sporting) a manobrar e a dominar o meio-campo, o certo é que até ao intervalo o jogo desceu de qualidade, sem oportunidades e com faltas constantes a quebrar o ritmo.
Com as equipas inalteradas, a segunda metade começou de forma equilibrada, com um Estoril mais atrevido e a tentar assustar Matheus com remates de meia distância. Cada vez mais à vontade no jogo, a equipa deVasco Seabra conseguia, por fim, ter bola, mantendo o rival longe da sua baliza.
Com os conjuntos encaixados, os dois técnicos começaram a mexer nas respetivas equipas (o bracarense Roger tornou-se no mais jovem de sempre a jogar a final da Taça da Liga) tentando desbloquear o encontro. E foi preciso esperar pelos 84’ para se ver uma ocasião na segunda parte, com Pizzi, assistido por Abel Ruiz, a permitir a defesa ao guardião estorilista. Inevitavelmente, o jogo teve de ser decidido da marca dos 11 metros e aí o Sp Braga acabou por se impor por 5-4 impedindo novamente o Estoril de conquistar um troféu. Ainda assim, a equipa da Linha caiu de pé e só pode estar orgulhosa do seu percurso.