PP reúne 70 mil em Madrid contra a Lei da Amnistia
Mais de 70 mil pessoas participaram ontem na manifestação convocada pelo Partido Popular (PP), em Madrid, contra a Lei da Amnistia, que vai beneficiar os independentistas catalães. Os números foram avançados pelo partido liderado por Alberto Núñez Feijóo. Esta foi a quarta mobilização desde o outono contra esta lei, que foi parte do acordo para garantir a reeleição do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro e que será aprovada na próxima terça-feira no Congresso, antes de ser enviada ao Senado.
Alguns manifestantes gritaram “parem no Senado”, um pedido que o Vox – que apoiou os três protestos anteriores, mas que se distanciou nesta ocasião – já fizera. Contudo, o Senado não tem poder para vetar a lei, podendo apenas atrasar a sua entrada em vigor. A amnistia abrangerá pessoas envolvidas no movimento de autodeterminação da Catalunha entre 2011 e 2023, o que inclui o referendo ilegal e a declaração unilateral de independência de 2017.
Sob o lema “Uma Espanha forte”, o líder do PP e quase todos os seus presidentes regionais saíram à rua em defesa da igualdade de todos os espanhóis e para denunciar o “processo de destituição” que, segundo eles, foi iniciado pelo PSOE e pelos aliados do Sumar. No seu discurso, Feijóo avisou Sánchez de que será castigado nas urnas e que o seu governo terá um “fim mais cedo do que tarde”, porque “Espanha não está à venda”.
Numa entrevista publicada no jornal catalão La Vanguardia, o primeiro-ministro espanhol voltou a defender a amnistia, dizendo que “merecerá a pena para a sociedade catalã e espanhola”.