Diário de Notícias

Os outros portuguese­s de Roterdão

- R.P.T.

Antes de Estamos no Ar, Roterdão já teve cinema português. Em competição passou O Pior Homem de Londres, de Rodrigo Areias, história situada na Londres artística dos pré-rafaelitas e onde um trafulha de origem portuguesa tenta sobreviver. Trata-se de uma longa-metragem que tem já estreia entre nós no dia 8 de fevereiro. É maioritari­amente falado em inglês e tem no elenco Albano Jerónimo, Maya Booth, Victoria Guerra, Vera Moura e Carmen Chaplin.

Na mesma secção de Estamos no Ar passa ainda Diálogos depois do Fim: Cinco Encontros, de Tiago

Guedes, nova versão de um projeto baseado no texto de Cesare Pavese, neste caso cinco diálogos filmados no Pico, Açores, entre deuses, heróis, figuras pagãs da mitologia grega e semideuses. De recordar que uma outra junção desta produção já tinha tido honras de seleção na Mostra de São Paulo.

A coprodução luso-brasileira Greice, de Leonardo Mouramateu­s, também está na Harbour. Uma história entre Lisboa e Fortaleza a partir de um incidente com um quadro incendiado na Faculdade das Belas-Artes.

Em estreia mundial À Tona de Água, de Alexander David, curta-metragem sobre uma criança a descobrir a sua identidade sexual. Depois da longa Primeira Idade, o ator português continua a sua descoberta como cineasta de novo no terreno da exploração à infância.

Depois do Curtas Vila do Conde, Roterdão recebe ainda a curta O Filme Feliz, de Duarte Coimbra, belíssima curta onde o realizador de Amor, Avenidas Novas confirma um imaginário bem próprio. A colheita do primeiro grande festival europeu do ano foi simpática para Portugal.

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À Tona de Água, a infância e as questões de género.

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